domingo, 23 de outubro de 2016

J. S. Bach por Margot Oitzinger, Nuria Real e a Fundação Bach de Rudolf Linz


Bach como nunca antes (já disse isto antes, eu!), em gravação de cristalina pureza, cada nota uma perfeição - e ouvem-se mesmo todas ! - cada instrumento um virtuoso. A 'tal' espiritualidade contemplativa é que se deixa para segundo plano, tal é a beleza da música, a música gloriosa que Bach escreveu.

A novidade vem do projecto de Rudolf Linz -a Bach Stiftung (Fundação Bach), com Orquestra e Coro, que aderiu e reinventou o canon interpretativo usando um só músico por parte com uma qualidade nunca antes atingida. Publicou já mais de 15 volumes das cantatas. Deixo aqui três momentos de concerto na  Igreja protestante de Trogen, na Suíça, sem dúvida o país onde a música antiga se pratica mais intensa e assiduamente.

Neste primeira ária, é a voz de diamante de Margot Oitzinger que dá vida a ária Wohl euch, ihr auserwählten Seelen da Cantata BWV 34.

Dirige Rudolf Lutz
Margot Oitzinger - alto



Agora, da Cantata BWV 66, o dueto Ich furchte zwar/nicht des Grabes Finsternissen
Alex Potter - alto
Julius Pfeifer - tenor
A parte de violino, a solo ou em contraponto, é genial; e a voz do alto ?
O sorriso feliz daquela senhora asiática diz tudo, apesar do assunto 'pesado' da escuridão da sepultura...


A terminar, a voz fora-deste-mundo da admirável Nuria Real:
Cantata BWV 36 Schwingt freudig euch empor
Nuria Rial - soprano, John Holloway - violino.



Auch mit gedämpften, schwachen Stimmen
Wird Gottes Majestät verehrt.

Quem pode não gostar de Bach ?


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