quinta-feira, 29 de junho de 2017

A poesia das flores no Botânico do Porto


Flor que não dura 
Mais do que a sombra dum momento 
Tua frescura 
Persiste no meu pensamento.

                      Fernando Pessoa


O Jardim Botânico do Porto continua a ser um dos seus segredos mais bem guardados, felizmente. Poucos visitantes, ainda menos turistas. Um espaço de paraíso muito mais íntimo que os jardins do Palácio ou o Parque da Cidade, e mais ainda enquanto a cafetaria está fechada.

Desta vez, num domingo calmo, ameno, semi-encoberto, fui lá por uma escassa meia hora, mas andei deliciado com o colorido dos muitos canteiros de flores. Rosas, dálias (ou crisântemos?), cravos, margaridas, e outras que não reconheço pelo nome. A paleta de cores era um regalo.

Agora calo-me, fala a poesia das flores.





















Después de un tiempo, uno aprende (...) a plantar su propio jardín y decorar su propia alma, en lugar de esperar a que alguien le traiga flores.

Jorge Luis Borges

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Nota - este post também pode ser visto de baixo para cima ;)

1 comentário:

Virginia disse...


Mário, obrigada por trazer aqui um dos locais que mais amo no Porto. Bem sei que moro em frente e portanto este jardim é um bocadinho meu. Podia estar melhor, ser mais cuidado, mas apesar de tudo, encontro lá cantinhos mesmo recatados, onde se pode estar em silêncio ( esquecendo a VCI), contemplando apenas. Já não vou lá há três semanas, mas amanhã darei uma volta pelo local.
Bom Domingo!