domingo, 3 de julho de 2022
Mykolaiv (ex-Nikolaev), surpreendente de bonita, era uma vez...
quarta-feira, 22 de junho de 2022
Museu Cluny , História e Arte da Idade Média
Tenho mostrado aqui vários museus da Europa, sobretudo aqueles que visitei mas não só, que por algum motivo elejo como sítios intemporais de cultura e arte. Lembro-me por exemplo dos National Scottish, do Fitzpatrick, do Hanseático de Lübeck, dos de Basileia, Zurique e Bolonha, do Albertina de Viena, da Ny Carlsberg...
Mais ainda do que livros, gosto de Museus.
Em Paris, estive no Grand e Petit Palais, e no Pompidou. Fiquei de voltar, mas não consegui. Pouca gente que conheço fala do Museu Cluny, visita indispensável para quem tem interesse pela Idade Média; não tem grandes obras de pintura, tem sim muitos artefactos e fabulosas tapeçarias. Não surgem nomes sonantes, pois na Idade Média não havia ainda o culto do Grande Artista, em geral as obras eram produzidas por anónimos em escolas da especialidade - tecelagem, vidraria, ourivesaria, talha de madeira. A colecção compõe-se sobretudo de espólio dos séculos XIII a XV, mas há peças mais antigas desde o séc VI, da era visigótica; um espólio vastíssimo de que não posso aqui dar ideia, mas apenas salientar obras que me agradam mais.
O Museu está instalado numa casa nobre do século XV contígua às Termas Romanas, que estão agora também incluídas no Museu, razão pela qual há algumas peças romanas na colecção.
Painel de mosaico do chão das termas.Sala 16, vitrinas de ourivesaria.
Começo pelo ouro. Uma das preciosidades expostas é o Tesouro de Guarrazar, encontrado em Espanha, perto de Toledo. São 26 coroas e crucifixos de ouro que os Reis Visigodos ofereceram à Catedral de Toledo, capital da Hispânia, no século VII.
Obras primas da ourivesaria visigótica.Não faltam também esmaltes de Limoges, sobretudo cofres e relicários.
Tanto dourado cega. Também há esmalte de Limoges sem ouro, como estes belo gémellion, bacia de lavar as mãos à mesa:
Passando a vidro e vitrais,
Há também muitos vitrais da Sainte Chapelle, como este de Sansão contra o Leão, do séc XIII: