domingo, 12 de janeiro de 2025

Crimeia: palácios, castelos, falésias, Scitas, Persas, Gregos, Romanos, Mongóis, Tártaros, Turcos, Cossacos, Russos - e Ucranianos


Que tem a Crimeia para ser tão desejada? 

Fortaleza e Castelo Genovês do séc. XIV, costa sul da Crimeia.

A Crimeia é de quem a apanhar, como a outra pomba; ao longo da História foram muitos os seus ocupantes, deve ser um dos territórios europeus que mais vezes mudou de 'dono'. Para não recuar mais atrás, o reino civilizado mais antigo foi o dos Scitas*, seguiram-se Persas, Gregos, Romanos, Varângios do Rus', Turcos, Mongóis da Horda, Tártaros, Turcos de novo, russos** e Ucranianos. A juntar também uma vaga de intensa imigração Arménia. Devo estar a falhar algum. Terra cosmopolita por excelência, portanto, à custa de sucessivas colonizações, migrações, invasões e conflitos.

Iphigenia em Táurida é um drama de Eurípedes, posto em ópera - uma bela ópera ! - por Gluck em 1779; quando a ouvi, não fazia ideia de que Táurida é a ' Taurica ' grega (Taurikḗ), nome que davam à península da Crimeia. Que tenha sido objecto de uma peça de teatro clássico é prova da importância que o território tinha para os Gregos; a colónia mais importante ali era Tauric Chersonesus, actual Sevastopol !

Portanto, e antes de mais, a Crimeia é Europa, muito Europa. Quando chegaram os russos durante a monarquia czarista, só procuravam as praias e os bosques, foram construindo palácios de férias, ou villas de vilegiatura, para membros da alta nobreza czarista, e depois para quadros VIP soviéticos (Estaline...), e depois ainda para oligarcas corruptos... Quase todos, gente criminosa com sorte.

Vou começar em VI A.C., quando ainda os humanos eram 'puros' e 'duros'. O Império Scita existiu entre os séculos VII e III AC, nas estepes Pônticas à volta do Mar Negro. Os Scitas eram um povo nómada de origem persa, não edificaram cidades relevantes, mas tiveram um papel importante na Rota da Seda entre a Grécia e a China, via Índia. Houve convivência pacífica com as colónias que os Gregos ali instalaram desde o séc. VII AC.

O Império Scita expandiu-se para Sul com a conquista da Assíria, coisa de pouca dura; no século VI A.C. houve escaramuças com as tropas aqueménidas de Dario I, mas o império só foi desmantelado com a conquista dos Romanos no século I A.C.

O Kurgan (túmulo) de Kul-Oba,cave funerária de um rei Scita na Crimeia.(400-350 AC), perto de Kerch.

Vaso Scita desenterrado em Kul-Oba

Espada Scita em ouro.

Os Scitas foram notáveis pela produção de artefactos em ouro, alguns estão exibidos em museus da Ucrânia, outros surripiados pelos russos durante a invasão. Há sítios arqueológicos ao longo do rio Dniepre, com destaque para Zaporizhzhia.

A Chersonesus Taurica

 
Ruínas de Chersonesus, Crimeia: a 'Basílica 1935', bizantina do século VI.

Chersonesus deu origem ao nome 'Kherson' da actual cidade Ucraniana; mas a sua localização é junto a Sebastopol. Fundada no séc. VI AC, foi a principal colónia grega (depois romana) na península, e capital da Táurida. Para os gregos, era um importante porto para o transporte de trigo, a produção mais preciosa da região.

Há um 'feeling' mediterrânico nesta costa sul. 

Não há muito, a ocupação russa, empenhada em apagar a história, construiu no local um grande anfiteatro aberto, feioso de moderno, em cima das ruínas! Barbaridade? Têm feito muito pior que isso.

Outras colónias relevantes eram, mais a leste, Pantikapaion, um porto estratégico, e Theodosia, fundada por Mileto no séc. VI A.C., que rebaptizada Kaffa viria a ser um porto importante e o términus europeu da Rota da Seda.

Ruínas da Panticapaeum romana.

Entre 47 AC e ca. 340 DC, a Crimeia esteve integrada no Império Romano. Vespasiano, em 66 DC, ocupou o campo militar Scita de Charax, que se tornaria a principal povoação fortificada, centro de defesa contra investidas Scitas. Localizada perto do famoso "Ninho da Andorinha", a sua missão era proteger o porto comercial em Chersonesus, de onde se exportava trigo, cerâmicas, tecidos, vinho, e se traficavam escravos. Contudo, a maior cidade romana estava em Olbia, na foz do Dniepre.

O Anfiteatro Romano em Chersonesus, destruído pelos russos.

A Crimeia aquiriu importância maior sob o domínio Turco-Bizantino no século VII-VIII. O regime Khazar (turcos nómadas) estabeleceu capital na cidade fortificada de Doros, (antiga Theodora). O Império Khazar, de que pouco se fala, estendia-se no auge desde as estepes do Don até às montanhas do Cáucaso; dominou a Rota da Seda e estabeleceu a conexão entre o Rus' de Kiev a Norte, o Médio Oriente persa e a China.

Fortaleza turca de Mangup, em Dora.

A relação entre povos era ambígua, turcos e bizantinos partilhavam terras e negócios, sobretudo após a queda do Império Romano do Oriente (1204). Começou então um período pacífico, em que a poderosa Génova chegou até estes confins por via das Cruzadas, e lá permaneceu desde o século XIII até à segunda metade do séc. XV. Em 1260, conseguiu direitos exclusivos de comércio marítimo no Mar Negro, e os genoveses estabeleceram capital em Kaffa, a Theodosia grega. O comércio de sedas, metais nobres e especiarias animou a cidade e tornou-a apetecível.

A Fortaleza de Sudak, bastião de defesa da presença Genovesa.
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Fortaleza de Kaffa e templo arménio do séc. XIV.

Durante o século XIII a Crimeia e a costa do Mar Negro foram um ponto de passagem fulcral para a Ásia; entre outros, o pai e o tio de Marco Polo passaram por aqui de viagem para a China. 

Sudak e Kaffa eram as principais colónias genovesas.

Embora intensa, a presença genovesa foi de curta duração, pouco mais de 30 anos; estavam a c,hegar a Horda dos Mongóis. A sua primeira investida ainda foi rechaçada, mas outras se seguiriam, e o célebre Cerco de Kaffa terminou, ao fim de 3 anos de resistência tenaz, em desastre total: a Peste Negra serviu de aliada aos Mongóis e a cidade foi dizimada em 1346.

 O exército Mongol atacando a fortaleza de Kaffa.

Em 1475 completou-se a invasão e conquista Mongol / Otomana pela Horda Dourada (Ulus Ulus) com a instauração de um regime de tirania baseado no tráfico de escravos. O Khanato turco-mongol da Crimeia iria permanecer até 1783, violento e punitivo, um regime fanático islâmico como alguns de agora.

Teve um destino semelhante ao que causou: desde o século XVII que as rotas de negócios dos turcos vinham sendo assoladas por raids de cossacos, que conseguiram conquistar Kaffa / Theodosia com uma frota de pequenos barcos.

A conquista de Theodosia pelos cossacos.

Os Czares, tal como a Europa Cristã, odiavam o regime do Khanato da Crimeia, e quando rebentou a guerra Russo-Turca em 1735, as tropas russas, muito melhor equipadas, entraram na Crimeia e levaram tudo à frente até ao mar. A 19 de Abril de 1783, a Crimeia passou a ser russa e cristã, e o tráfico de escravos terminou. Esta invasão foi, ao contrário da que agora corre, um imperativo de Civilização !

Catarina II desembarcou na Crimeia nesse mesmo ano de 1783, com aparato e uma marcha triunfal. Estabeleceu uma frota russa no Mar Negro que garantia o controle total da navegação, e com todo este abuso de poder desencadeou a segunda guerra Russo-Turca de 1787-1792, em que os Turcos viriam a perder toda a esperança de reaver a Crimeia.

A Sebastopol de Catarina a Grande 

Começou então a supervalorizaçã da Crimeia como estância de luxo, pérola do Mar Negro para gozo do topo da hierarquia russa.

Os Palácios

Quase todos são alcandorados na encosta litoral do sul, próximo de Yalta, a zona de veraneio favorita dos russos desde o século XIX.

1 Livadiya


Construído no estilo do renascimento italiano, foi inspirado na arquitectura branca do sul de Espanha, em calcário de Inkerman (pedra local com incrustações).

Oferecido como prenda pelo czar Romanov II à esposa doente, tornou-se residência familiar dos czares na península, como retiro de Verão. Foi sendo objecto de ampliações e restauros.


Durante a historica Conferência da Paz em Yalta, a delegação russa ficou alojada no Palácio Livadiya.

2 Massandra


No século XIX, a Crimeia foi entrege para governar ao Principe Vorontsov. Fascinado pelo lugar, Vorontsov contratou em 1881 uma equipa de arquitectos franceses para lhe desenhar um château ao estilo Louis XIII. Acabado apenas em 1900, teria um futuro negro: na era soviética, seria esta a dacha de férias de Estaline.

3 Alupka (palácio Vorontsov)

Mandado construir também pelo príncipe Vorontsov em 1828, ficou pronto vinte anos depois. Imita o estilo revivalista inglês, baronial e neo-gótico, mas também recorre a alguns exotismos de mau gosto, como as fachadas mouriscas.

 Aqui ficou alojada a delegação britânica a Yalta, incluindo Winston Churchill.


" Meio gótico, meio mourisco, tinha por trás os picos das montanhas mais altas da Crimeia, nevadas no Inverno. Leões esculpidos em mármore branca guardavam a entrada, e para lá do pátio há um parque botânico de plantas sub-tropicais. "

-  Escreveu Winston Churchill, hóspede durante a Conferência de Yalta.

A grande escadaria dos leões

Uma opulência mediterrânica

Terraços, jardins, pátios, arvoredo 

Sala Azul

Um dos acrescentos ao edifício original deu lugar a um arruamento celebre, a Passagen Shuvalov, a lembrar uma rua medieval.


4 'Ninho de Andorinha' (Lastivtchine hnizdo)

Este é o mais famoso ex-libris da Crimeia.


É um castelo neo-gótico como o nosso palãcio de Sintra, muito mais feio mas situado na berma de um promontório 40 metros acima do mar, na costa Sul da Crimeia, entre Yalta e Alupka e perto das ruínas do castro romano de Charax.


Antes de 1912 havia uma estrutura acastelada em madeira, conhecida como "Ninho de Andorinha". Foi comprada por um rico industrial alemão que em seu lugar construiu o actual castelo de pedra, desenhado pelo escultor russo Leonid Sherwood. Após décadas de abandono, em 1967 um arquitecto local reforçou restaurou o edifício.



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Suponho que por esta altura já é bem claro porque a Rússia fez questão de invadir a Crimeia e chamar-lhe sua. É uma penísula admirável, tem a localização estratégica de fechar o mar de Azov, e é de grande riqueza patrimomial e histórica.


O famoso leão dormente da Crimeia (Palácio Alupka)

Tantas gentes andaram por aqui!

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*  Escrevo Scita e não Cita como é norma.

** russo com letra pequena é intencional. É preciso que a rússia seja pequena.








sábado, 4 de janeiro de 2025

2025 em música : a minha escolha em 7 CDs


Já não se compram CDs, ouço e leio por aí; na verdade, o negócio continua bom, a edição vai de vento em popa, vendem-se milhões dos mais populares - apesar de estarem no Spotify - e quanto às gravações clássicas estão muito bem e recomendam-se. Aparelhagens sofisticadas de alta fidelidade com leitor de CD também vão sendo produzidas com regularidade: ainda há pouco a Roksan apresentou um novo par muito elogiado.

Haja música e estamos salvos.

1 Começo pelo disco da quadra natalicia que mais gostei de ouvir, o My Christmas de Diana Damrau, de 2022, CD duplo !

Não faltam discos de 'Carols' com coros de Catedral, mas é raro uma diva soprano gravar uma colecção que vai do Adeste Fideles ao lindíssimo Stil Still Still, passando o pelo First Nowell. Quase tudo em alemão, na voz firme e poderosa de Damrau. Uma colecção impressionante.

 
Still, still, still / Von Himmel hoch, da komm ich her / ...

2 Outra soprano, Regula Muhlemann, gravou o CD Fairy Tales em que canta numa voz de safira bem afiada árias onde existe fantasia nalguma forma - histórias de fadas ou sereias ou magia.

Começa com a Canção à Lua da Rusalka de Dvorak, e é logo um deslumbramento de voz. Impressionante a maleabilidade, o alcance e o domínio; se amadurecer bem, vai ser a soprano da década.

Depois de Dvorak, seguem-se Verdi, Purcell, Mendelssohn, Grieg e a Canção de Solveig:

3 Passando a música mais séria, Mark Padmore com o English Concertt dirigido por Andrew Manze gravaram As Steals the Morn.


'Enjoy the sweet Elysian grove' , ária da Alceste de Handel: :

O ponto alto do disco, a terminar, é uma ária a que já aqui me referi como uma das que mais aprecio em Handel: 'As Steals the Morn', de L'Allegro, Il Pensiero ed il Moderato, cantada com Lucy Crowe.

4. 'Concerti Brillanti ' é um belíssimo CD de Jan Vogler, violoncelista alemão, com a orq. de câmara de Munique dirigida por Reinhard Goebel, o exímio dirigente da Musica Antiqua Koln.

Os concertos são de Bach, Graf, Hasse e Haydn. Como seria de esperar, o de Haydn é o mais apelativo, até por ser uma première mundial ! Grande música, sem dúvida.

5. Descobri que a de Beethoven por Andrew Manze e a NDR Radiophilarmonie é fenomenal ! 

Não têm conta as orquestras alemãs de prestígio e excelência - as de Berlim, a de Leipzig, a de Dresden, as de Munique, Colónia, Bremen, Stuttgart...  Esta NDR é de Hannover, e desde que contratou o maestro Andrew Manze, tem sido um vê se te avias de boas gravações. Primeiro, um ciclo completo de Mendelssohn que é para mim uma referência. Neste disco, a 7ª de Beethoven é mais estrondosamente fantástica e bem dirigida que a também de alto nível 5ª. 

6. E viva Rossini - The Rossini Project (2019)

Pela Orchestra della Svizzera Italiana (OSI), dirigida por Markus Poschner.

Muita gente se equece de Rossini quando se aborda o génio criativo na música; eu sou bem capaz de passar horas a ouvi-lo, e já nem falo de óperas completas: as muitas Aberturas e Sinfonias, as Sonatas, as Cantatas e o Stabat Mater... Quem melhor lhe prestou homenagem foi talvez Roberto Chailly quando gravou um duplo CD com a National Orchestra de Washington, já em...; esteve até há pouco em curso outra homenagem, o Rossini Project, de que foram editados dois CD-livros cartonados; no primeiro, estão Sinfonias e árias para tenor.

7.  Andrea Oliva / Angela Hewitt  : Bach em flauta e piano  (2013)

Termino da melhor maneira:


Uma jóia requintada, estas Sonatas para Flauta de Bach, obras profanas (graças a ... ) de Bach; são diálogos delicados entre dois executantes de excepção,
 construídos no rigor clássico do século XVIII. Logo a primeira, a BWV 1031, deixa-nos num estado de beatitude face a coisas profanas geniais. Cinco estrelas, ou seis.

Aqui fica o Allegro Assai da sonata BWV 1035. 

Feliz 2005 !

sábado, 28 de dezembro de 2024

Uma Viagem de Inverno (para mim) : em Nyksund a ver Auroras

- Post de Natal -

Bem sei: é muito frio, muito a Norte, a luz do dia no Inverno dura 5 ou 6 horas, a ir é no Verão que nem chega a haver noite; e depois, é longe e caro... Pois, por isso é que seria uma viagem 'de sonho',  só mesmo sonhada pode ser.

 
Nyksund está situada de forma dispersa por duas ilhotas, Nyksundøya e Ungsmaløya, ligadas por um quebra-mar de 1878, que fecha o antigo porto de pesca. A povoação subiu parte da encosta na ilha maior, uma espécie de "alta" de Nyksund.
 
 

É uma das aldeias piscatórias mais setentrionais da Noruega, no extremo Norte da grande ilha de Langøya que está ligada ao continente por uma longa ponte sobre o Atlântico, a ponte Hadsel. Só isto - passar o mar Atlântico por cima de uma ponte - já valia a aventura. Embora eu já tenha feito isso mesmo quando fui à Ilha de Ré.

A Hadselbrua entre a ilha Langøya e a costa de Tromsø.

Que é que Nyksund tem ? Tem um portinho, com os típicos 'Bryggen' restaurados ao longo do cais, uma galeria, alguns restaurantes, dois cafés, passeios pela costa, mas acima de tudo é um local privilegiado para observar Auroras Boreais, ou "Luzes do Norte" - Nordlys - como lá lhes chamam. Por esse motivo, há uma 'enchente' (tudo é relativo) turística por alturas de Setembro, na estação das Auroras. 

Só a estrada para lá chegar - a Nyksundveien  - já é um desafio , veja-se:

Entre uma encosta íngreme e as águas do Atlântico Norte, a estrada segue em curvas até ao destino.

À chegada temos de atravessar o Sund sobre um molhe rudimentar, mas a vista compensa. Entrada pela Nyksundværet :

  


 
Vista da estrada ao chegar entre os dois Brygger.
 
Velkommen !

A entrada no porto, ladeada por dois dos armazéns recuperados - o Nyksund Brygge à esquerda, e o Arthur-Brygga à direita, cada um na sua ilha.
 
Convém esclarecer já que em Nyksund já não há pescas; terminaram há um século, a aldeia esteve ao abandono algumas décadas, até que começou a ser procurada e restaurada com entusiasmo por artistas, músicos, networkers e turistas; no Verão acolhe um festival de Artes plásticas, Literatura e Música.
 

A aldeia ocupa as margens de duas ilhas , a maior Nyksundøya a norte, a pequena Ungsmaløya a sul, ligadas por um estreito molhe que fecha e abriga o porto interior.

Nyksund, Langøya, Vesteralen

 

Coordenadas: 68° 60′ N, 15° 01′ E (500 km a Norte do Círculo Polar)
População: máx. 60 no Verão, menos no Inverno


O Nyksund Brygge, o principal armazém portuário, teve uma história atribulada. Foi derrubado por uma tempestade, salvo in extremis de cair ao mar; depois restaurado e convertido em Museu, mas em 2014 nova tempestade o danificou gravemente.  

Actualmente é uma Galeria, com loja, pub e música ao vivo, e é sede do Festival, que inclui caminhadas, storytelling, exibição de filmes, palestras e concertos. Além disso ainda dispõe de modestos apartamentos para visitantes.

Galleri Nyksund Brygge
 
Uma Obra exposta, de Vigdis Leinan Olsen

Nyksundveien (ou Nyksundvaeret) é o arruamentoi principal no molhe Norte, e está vedado ao trânsito excepto para cargas. Vou ser acusado de ser parte interessada numa agência de viagens, porque quase todas as 85 casas - a maioria antigos armazéns - que vou mostrar estão ocupadas por hotelaria e afins.

Começo pelo molhe da ilha Nyksundøya.

O primeiro a seguir ao Brygge na ilha Nyksundøya é este Nyksund Ekspedisjonen, restaurante e alojamento que também oferece a partir do seu cais pequenas viajens de barco.

A seguir no mesmo molhe é o Yella's Café

 Uma esplanada coberta, e aquecida nos meses frios.

Atravessemos pelo quebra-mar para o molhe sul, na ilha Ungsmaløya. O edifício princpal deste correr é o Holmvik Brygge, mais um Resturante com Hotel.

Antigo armazém de pescas em madeira, pintado de amarelo vivo, é agora sede da empresa de maior dimensão na aldeia. O barco de pesca no cais é utilizado para excursões.

É o MS Sjøblomsten, de 1915, que serviu o Atlântico Norte até às Ilhas Svalbard.


Por esta altura já têm uma ideia do local. Além da zona portuária, a aldeia sobe um pouco pela encosta da ilha grande, onde se encontra uma Capela Baptista e a Galeria de Arte de Nyksund, propriamente dita.

À esquerda, a ART Galleryno edifício azul da antiga Padaria, junto ao quebra-mar.


Um azul intenso destaca o edifício onde uma comunidade de artistas se estabeleceu durante o processo de renovação de Nyksund.
 

Gunn Vottestad, um dos artistas da comunidade.

A Galeria vê-se à esquerda, a Capela ao longe

A capela de 1887 dedicada ao culto baptista Zoar.


A Bedehuskapell (capela de oração) foi construída pelos pescadores da região por angariação de fundos.

Também a Capela é espaço para concertos durante o Festival de música de jazz

Um dos maiores atractivos de Nyksund são as Auroras Boreais, frequentes em Agosto /Setembro, no fim do Verão.

Também na quadra natalícia costumam aparecer as 'luzes da norte', Nordlys.

Por altura do Natal, pode haver pouca gente, a longa noite durar quase 24 horas, o frio e a neve de enregelar; nem por isso deixa de se festejar à volta das luzes.

  

 

Nesta latitude há duas épocas extremas - o período do "Sol da meia noite", que dura entre 20 de Maio e 20 de Julho, quando a luminosidade se prolonga por 20 horas diárias; e a noite polar, outros dois meses entre 20 de Novembro e 20 de Janeiro, em que a  luz se limita a um breve lusco-fusco ao fim da tarde.


God Julaften !

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