Em Portugal nada é verdadeiramente remoto, hora e meia ou duas no máximo chegam para qualquer um se deslocar por terra a uma cidade ou ao litoral. Moimenta da Raia foi em tempos inacessível por falta de estrada, era uma aldeia de fronteira por onde se contrabandeava com Espanha e se emigrava clandestinamente.
Bragança fica perto por estrada, Ourense também. Mas como está na fronteira integrada no Parque de Montesinho, numa das áreas mais despovoadas do país, com boa vontade pode exagerar-se e dizer que é uma das aldeias mais remotas.
A outra candidata, Rio de Onor, já é uma disneylandia turística. Todas as casas de arquitectura popular mais interessante estão para alojamento ou restauração, e apinocadas. Moimenta tem algumas casas de emigrante, mas mantém património mais antigo e vale mais pelos moínhos e pela ponte medieval.
Vista do topo da igrejaTecto de caixotões no altar mor
Fontanário
No adro ao lado da igreja, ouve-se continuamente o som da água a correr.
Casa nobre
Solar dos Ataídes FigueiredoTaberna Ribeira d'Anta, na praça central.
Os Moinhos de Água de Moimenta
É um conjunto notável de três moínhos em escada a aproveitar o curso de água que desce a encosta para a Ribeira de Anta. Estão classificados, na Rede Portuguesa de Moínhos.
A Ponte medieval das Vinhas
O acesso a partir de Moimenta faz-se por um percurso íngreme que inclui uma calçada rude de pedra, medieval também.
Rio Tuela e Praia da Feijoeira
O Tuela é o principal protagonista nesta paisagem. Nasce em Sanabria, num vale glaciar, e vai desaguar no Tua.
Pouco promovida, a 'remota' Moimenta da Raia ganhou em preservação o que perdeu em receita turística. O equilíbrio é difícil de fazer.
Muito próxima fica a aldeia de Casares, onde há alojamento, as Casas de Casares.
1 comentário:
Obrigado Mário por mais esta sugestão que, na primeira oportunidade, irei aproveitar.
Enviar um comentário