Outono, a mais bela e alegre das Estações, assim a viu Haydn. Depois de uma Primavera luminosa com gorgeio de pássaros e rumorejar de ribeiros, o Verão, para Haydn, é despachado como uma desgraçada calmaria que tudo seca, obriga ao refúgio da sombra e traz temíveis trovoadas e aguaceiros. É no Outono que a natureza, serena, é mais amiga e alegre: tempo de colheitas e caçadas. Mesmo o Inverno é bem vindo, com a família à roda da lareira, fiando e tecendo, contando histórias... alegoria da vida, evidente, tanto mais que foi a sua última obra, de 1801, aos 69 anos, doente, ainda assim uma obra incrivelmente criativa e alegre.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Verão no Outono em Lisboa: As Estações, por Haydn e McCresh
domingo, 27 de novembro de 2011
Fim de semana lisboeta: Verão neste belo Outono de fins de Novembro, Europa neste recanto empobrecido quase falido
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
va pensiero como nunca antes
Superprodução à americana, enche o olho e o ouvido. Um gosto.
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Fim-de-semana cultural na FCG
Há que tempos não ia a Lisboa! Custou. mas decidi-me - a Gulbenkian está em apogeu , vai estar bom tempo (e tenho um voucher de noite grátis, :D ). Espero que o Pendolino de Giugiaro não me deixe ficar mal.
E no batti batti bel Masetto:
E depois, há a excelente A Natureza-Morta na Europa, que como diz o Paulo é imperdível, uma oportunidade única para ver obras primas que nunca mais cá voltam.
domingo, 20 de novembro de 2011
o Arminho do Ártico (a propósito da exposição de Leonardo na National Gallery)
Começo por declarar a minha simpatia por este animalzito lindo mas arisco, fofinho mas temível: o arminho, criatura que abunda nas tundras e taigas do Ártico - territórios do extremo Norte do Canadá, Gronelândia, Escandinávia e Sibéria.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Equidade fiscal - uma parábola
Era uma vez dez amigos que se reuniam diariamente numa cervejaria para beber, e a factura era sempre de 100 euros. Solidários, e aplicando a teoria da equidade fiscal, resolveram o seguinte:
• os quatro amigos mais pobres não pagariam nada, o quinto pagaria 1 euro, o sexto pagaria 3, o sétimo pagaria 7; o oitavo pagaria 12; o nono pagaria 18 e o décimo, o mais rico, pagaria 59 euros.
Face à fidelidade dos clientes, o dono da cervejaria resolveu fazer-lhes um desconto de 20 euros. Ainda atendendo à equidade fiscal, resolveram dividir os 20 euros igualmente pelos 6 que pagavam, cabendo 3,33 euros a cada um, mas depressa verificaram que o quinto e sexto amigos, que pagavam 1 e 3 euros, ainda receberiam para beber. Gerada forte discussão que pôs em perigo o grupo, o dono da cervejaria propôs a seguinte modalidade que foi aceite:
• os cinco amigos mais pobres não pagariam nada; o sexto pagaria 2 euros, em vez de 3, poupança de 33%; o sétimo pagaria 5, em vez de 7, poupança de 28%; o oitavo pagaria 9, em vez de 12, poupança de 25%; o nono pagaria 15 euros, em vez de 18.
• o décimo, o mais rico, pagaria 49 euros, em vez de 59 euros, poupança de 16%. Cada um dos seis ficava melhor do que antes e lá foram bebendo.
Certo dia, no entanto, começaram a comparar as poupanças.
-Eu apenas poupei 1 euro, disse o sexto amigo, enquanto tu, apontando para o décimo, poupaste 10…e não é justo que tenhas poupado 10 vezes mais…
- E eu apenas poupei 2 euros, disse o sétimo amigo, enquanto tu, apontando para o décimo, poupaste 10...e não é justo que tenhas poupado 5 vezes mais!…
E os 9 em uníssono gritaram que praticamente nada pouparam com o desconto. E de imediato concluíram: “deixámo-nos explorar pelo sistema e o sistema explora os pobres…”. E, passando à acção, logo rodearam o amigo explorador e maltrataram-no severamente.
No dia seguinte, o ex-amigo rico emigrou para outra cervejaria e não compareceu, deixando os nove amigos a beber a dose do costume. Mas quando chegou a altura do pagamento, verificaram que só tinham 31 euros, que não dava sequer para pagar metade da factura!...
Aí está o sistema de impostos e a equidade fiscal.
Os que pagam taxas mais elevadas fartam-se e vão começar a beber noutra cervejaria, noutro país, onde a atmosfera é mais amigável!...
David R. Kamerschen, Ph.D. -Professor of Economics, University of Georgia
perturbante, não ?
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Vozes pela Irlanda
Belíssimo vídeo onde se vê porque a Irlanda é, também. um grande e culto país europeu, acima de todas as falências.
Aidan Quinn, Ellen Barkin, Stockard Channing, Liam Neeson e Gabriel Byrne dizem textos de:
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
De Chișinău, capital da Bessarábia, a Maria Cebotari e Valentina Naforniţă- mais uma viagem virtual
Chișinău é a capital d... ?
da República da Moldávia, Europa, que fica "antes" da Ucrânia (vista de cá) mas para lá dos Cárpatos. Nome com ressonâncias de aventuras de Tintin - o Cetro de Ottokar e o Affaire Tournesol passavam-se na Sildávia...
128 | Sudan | 1,705 |
129 | Moldova | 1,630 |
130 | Papua New Guinea | 1,488 |
A mais célebre personagem moldava fora do país, Maria Cebotari (1910 – 1949) foi uma soprano reputada que correu as melhores salas de Ópera da Europa. Nasceu em Chişinău, Bessarabia.
Actuou com Karl Böhm e Strauss; em 1936 entrou para a Ópera do Estado de Berlim onde foi prima donna até 1946. Fez a Susanna das Nozze di Figaro, a Zerlina do Don Giovanni, e a Sophie do Der Rosenkavalier no Covent Garden de Londres.