--- Outra vez na Gronelândia, pelo ar fresco e tudo o mais que me deslumbra nessa Thule ---
É Europa, politicamente, mas não pertence à nossa placa tectónica; mais certo é considerar a grande ilha como um continente, para proveito e regalo da Dinamarca que a governa desde 1814, sucedendo à Noruega.
Maniitsoq (anterior Sukkertoppen ) fica na costa oeste da Gronelândia, a olhar para terras do Canadá através do estreito de Davis; está situada entre as duas maiores cidades, Nuuk e Sisimiut, que contacta por mar ou por via aérea.
A localização não podia ser melhor, rodeada de montanhas, fiordes e glaciares e construída sobre um arquipélago costeiro.
O aglomerado das habituais casinhas multicolores espalha-se a subir uma encosta a partir do mar.
Pela abundância de água entre as ilhotas ligadas por pontes, era inevitável que ganhasse fama de Veneza do Ártico.
Em todos os ângulos de vista a água está presente.
Nos meses mais frios, esta é uma Veneza branca.
A Igreja colonial de 1874 é um dos edifícios mais antigos:
Bonita pia baptismal.
O Museu compõe-se de quatro casas, também do século XIX: a residência do administrador colonial e a do seu assistente, a oficina do tanoeiro, padaria, e armazéns de pesca e derivados .
Estas quatro casas eram na altura o centro da povoação colonial, mas na década de 1970 foram deslocadas para permitir a instalação da fábrica de processamento de peixe.
O edifício maior, com dois andares, é o que contém a colecção permanente, arte e artesanato de autores locais.
O Museu documenta o que foi o povoado desde a origem até ao fim do peíodo colonial.
Eternity Fjord
Porque cresce o turismo aqui? Uma das razões são os fiordes e glaciares. O Fiorde da Eternidade é o maior da costa ocidental, com montanhas a chegar aos 2000 metros.
Para ski de aventura e kayaking, não deve haver melhor.
"Uma região circular com cerca de 100 km de extensão centrada a 65° 15′ N, 51° 50′ W (...) apresenta um conjunto de fenómenos geológicos muito invulgares criados durante um único evento com intenso esmagamento e aquecimento, incompatíveis com processos orogénicos da crusta terreste"
O granito deformado, após ter sido derretido e pulverisado, que se espalha por dezenas de quilómetros em torno de um pico, testemunha o súbito e violento impacto. Nenhum outro processo geológico explicaria a dimensão do fenómeno, segundo os defensores da hipótese da cratera, que classificam o Domínio Finnefjeld como 'rocha cataclástica´.
Há contudo bastante contestação a esta teoria nos meios científicos, que não terá conseguido evidências bastantes contra a explicação orogénica.
1 comentário:
Obrigado Mário, permite-nos sonhar com locais que nunca visitaremos, embora gostássemos...
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