Penso que ainda lhe posso chamar ''contemporâneo" , pois Heihachirõ sendo clássico na abordagem formal era muito século XX na aproximação à manga (BD) e outras formas mais modernas.
Nasceu em Oita, no extremo sudoeste do Japão; entre 1924 to 1937 ensinou arte no Colégio de Belas Artes de Kyoto; esteve sempre integrado nas comunidades artísticas do país, acompanhava os trabalhos dos colegas que tentavam inovar em Nihonga e ele próprio contribuía. Em 1974, aos 82 anos, morreu na cidade de Kyoto.
Ripples (Sazanami),1932
Eu ficaria horas a olhar para as ondinhas, que aliás me lembram muito Mondrian. Descobriu-se há pouco uma camada de folha de ouro por baixo da camada de folha de platina, sobre a qual foram pintadas as ondas em azul ultramarine de lápis-lazúli.
Folhas de dióspiro verde
Temas de Heihachirõ decoram aeroporto de Tóquio, 2017
Summer impression,1943
Papoilas, 1940
O Chapim e as Flores
Nihonga (日本画) é uma corrente de pintura japonesa desde ca.1900 que regressou às convenções tradicionais de estilo, técnica e materiais, mas sem ignorar totalmente influências ocidentais como a perspectiva e o sombreamento. Os artistas Nihonga são praticamente desconhecidos fora do país, e pouco representados nas colecções internacionais. Imagino que seja pelo que eu disse de início; falta-lhes celebrar a fealdade que venceu no séc. XX/XXI.
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Tenho estado lento a publicar porque ando às voltas com um sítio onde nenhum de vós foi, nenhum de vós conhece e está em parte envolto em segredo, sendo quase inacessível. Reunir informação e dados é esgotante. Gostava que tivessse boas surpresas, mas para conseguir uma linha, uma foto, pode demorar dias. Vão revendo as folhas de Heihachirö.
4 comentários:
Revejo as folhas sim, ficando em "pulgas" para essa nova revelação!
Olá, meu caro, não fique em pulgas que a 'revelação' é só publicidade enganosa ;D
Viu a Semiramide do 'La Fenice' ? Não encontrei no seu Fanáticos da Ópera nenhum comentário, mas olhe que foi muito bom ! Não se compara às nossas caras divas do passado, mas fiquei surpreendido com uma encenação muito bonita, de bom gosto e funcional mesmo com aquele mínimo de modernice inevitável; a Jessica Pratt (Semiramide) saiu-se benzinho sem nunca dar arrepios mas sem desfalecer nas maiores alturas; mas sobretudo o Arsace da Teresa Iervolino foi imenso, comovente. Desde Sutherland não tinha visto/ouvido uma Semiramide tão boa.
Não tive oportunidade de ver, mas vou estar atento às repetições. Ontem sim, vi a parte final da Dido e Eneias numa produção do Teatro de Genebra, sem dúvida uma das piores encenações que vi até hoje (infelizmente não foi a única). Péssimo gosto, agressiva, nudez gratuita, enfim, um exemplo perfeito do "Eurotrash!". Purcel deve ter dado umas cambalhotas no túmulo, não foi para menos!!
🤢 aquela coisa da Emmanuelle Haïm, muito LGBTQ+ ou assim. Qualquer musical do Lloyd Weber é melhor teatro que isso.
A Semiramide era discutível mas não agressiva, primava o bom gosto e os excessos faziam sentido. A fraqueza eram as vozes masculinas.
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