quinta-feira, 21 de julho de 2022

Sabe sempre bem voltar a Sanábria


Fui três ou quatro vezes a Sanábria, sítio quase mítico no nosso percurso de vida. Desde nadar nas águas do lago a ficar com a tenda de campismo enlameada, passando por ter o carro suspenso do 'abismo' apoiado em apenas três rodas, comer as melhores trutas da minha vida, caminhar sobre a neve e assistir às folias espontâneas (pobres mas simpáticas) do carnaval galego, foram muitas as experiências. Se a lagoa e o seu entorno já são paisagem bonita, também nos agradava muito a vila Puebla de Sanabria e a sua íngreme rampa até ao castelo, aquela pedra toda coberta de musgo, o cheiro a tortilla e empanadas em baixo nos tascos e a madeira e pedra húmida  rua acima. A Puebla é única.

Desta vez, havia diferenças para pior: apanhámos a primeira onda de calor do Verão. Dou-me mal com calor em excesso, e assim nem prolonguei a estada, nem deambulei com o mesmo prazer a não ser ... à noite. Mas além do calor, é proíbido fumar por toda a parte - só às escondidas da guarda, que está sempre a fazer a ronda; e é impossível levantar dinheiro nas caixas automáticas sem pagar uma taxa de 3 a 6 euros ! Credo. Visita fotográfica:





No topo da vila, a Praça do Castelo é lugar de esplanadas e hotéis, e dá acesso ao passeio das muralhas e ao castelo. Daqui desce a rua principal - A Rúa.


Calle A Rúa



O único bar onde se fumava, mas às escondidas, no passeio da Muralha.

Um dos chamarizes turísticos são as varandas de madeira floridas.


Além d'A Rúa, há a calle de la Florida, a Moscabirote ou a San Bernardo, e a pequena (!) Praça Mayor.

Os restauros valorizaram vários recantos da vila.

Deviam estar uns 38 º bem abafados, pesados, de trovoada. Fomos para  perto do lago.



A Praia Viquiella, no sul do lago, surge de entre um bosque de carvalho negral.


Fresca do lago, fresca da noite, e fim das mini-férias. Assim não vale.






Sem dúvida que na época fria estive melhor em Sanábria. São três horas de estrada, mas talvez volte.



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