Faltava-me este museu em Lisboa. Não preciso de dizer que o dono da colecção é uma pessoa que não me é nada simpática, um novo-rico oportunista e sem escrúpulos; não quero saber, são mais que muitos assim na nossa História, sem alguns desses não teriam sido criadas e mantidas algumas obras-primas. Interessa-me só o que foi criado e quem o criou.
A visita é guiada. Logo à entrada, uma bailarina que representa Isadora Duncan, atribuída ao escultor italiano Farpi Vignoli, de 1937.
Parece mesmo Chiparus. Mas, subindo aos andar de cima, a bela Tanara de Demétre Chiparus salta à vista como obra prima da colecção.
Tanara (Menina) , 1930
Outra bailarina, esta oriental:
Pavel Tereszczuk, de Viena - Dançarina.
E mais em marfim, mármore e bronze:
E mudando de tema,
Detalhe de uma 'Mesa com Nenúfares', de Louis Majorelle
Pantera em ébano, de Georges Lavroff, talvez o modelo para a pantera de bronze mais conhecida.
Um belo portão de ferro de Paul Kiss está montado no espaço da exposição:
Belo efeito da obra de Paul Kiss (1886-1962) , artista romeno da arte do ferro forjado.
E alguns quadros menores, obra de Béla de Kristo (Béla Kristófy), 1920 - 2006, cubista húngaro amigo de Fernand Léger.
Móveis, candeeiros, cerâmica e joalharia não me interessam. Portanto , não é um grande, grande museu, nada de ir a correr; tem obras bem bonitas, contudo, para uma tarde de chuva e tédio. À saída, oferecem a degustação de uma taça de Quinta da Bacalhoa. Ah, estes privados, não conseguem deixar de pensar no negócio; se em vez disso tivessem as obras identificadas com autor, título e data, no mínimo... bastava uma etiqueta. Não: tudo em segredo, nada se sabe para não se poder avaliar exactamente... as informações que dei tive de as procurar em documentos na rede.
'Bora de volta para casa.
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