Nada mau, o concerto inaugural do Ano Haydn e estreia da Real Filarmonia da Galiza na Casa da Música.
Sem a energia esfuziante nem o impacto de uma orquestra barroca, a Real Filarmonia da Galiza impressionou pela suavidade e acerto das cordas e pela afinação, surpreendendo a sedosa sonoridade obtida pelo maestro Theodor Guschlbauer, a quem cabe certamente grande parte do mérito. Já a soprano Soojin Moon apenas cumpriu sem brilho - uma voz seca, inflexível, inexpressiva, a fugir para o esganiçado nas notas mais agudas, mas ainda assim em geral limpa e de timbre agradável. A óptima coordenação com a orquestra deixa a impressão de um concerto bem ensaiado.
Nunca pior, direi, tendo em conta a ausência quase total de orquestras barrocas no ano Haydn...
F. J. Haydn:
Sinfonia núm. 77
Aria "Son pietosa, son bonina"
Marcha para a Royal Society of Musicians
Cena de Berenice
Sinfonía núm. 97
Sala a 3/4 , público impecável (muitos espanhóis!).
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