Não será a Suíça, mas na ilha de Ré as vilas parecem postais vivos - harmoniosas, ordenadas, floridas, bonitas , limpas, simpáticas, tranquilas.
As coisas mudam num feriado ou ponte, ou na época alta - invasão de multidões, carros estacionados onde calha e esplanadas apinhadas e ruidosas.
Tendo a sorte de ir fora de época com bom tempo, é um paraíso. Começa pelo aeroporto minúsculo, que mal se vê, e se atravessa para a rua em poucos minutos (não há corredores!), onde debaixo de tendas em pano se dão os reencontros e boas vindas. Depois, é tudo pertinho, La Rochelle a 10 minutos e Ré a mais outros 10. Anda-se devagar mas tudo é próximo. Há quem vá-e-volte de bicicleta.
As principais vilas são portuárias, com marinas repletas de lanchas e veleiros, cais em anfiteatro de esplanadas, casinhas em calcário com venezianas azul-claro, cinzentas ou verdes, de onde irradiam ruas em labirinto bordeadas de passeios floridos de alteias (rose trêmière) e algum comércio simpático.
L'Esprit du Sel (há salinas em Ré)
As gentes, são pescadores e "lobos-do-mar" de cachimbo, boné e barba amarela, salineiros, agricultores (vinha), muita gente na apanha/cultura de mexilhão e ostras, lojistas e gente da hotelaria, e turistas, claro, de bicicleta. Diz-se "bon après midi" e "bonne soirée m'sieu/dame" com cuidadosa pontualidade. O empregado cumprimenta (!) "qu'est-ce que je peux vous servir, m'sieu/dame?", depois "bon appétit". Já não se vê disto. Paris não é nada disto.
As principais vilas:
Saint Martin de Ré
À noite, a mais animada
Ars en Ré
Vale a pena ler a mensagem...
A mais florida
La Flotte
Mercado medieval (séc XII)
4 comentários:
Bem bonito, Mário. Era para ir já.
http://www.cobra.be/cm/cobra/muziek/1.1042456
Obrigado, Anónimo, pelo precioso link.
Recomendo-o.
"Não existe grandeza quando a simplicidade, bondade e a verdade estão ausentes" - talvez não se possa generalizar este provérbio, mas aplica-se certamente a Ré.
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