Bom, confesso que a maior surpresa da minha visita a Ré foi a realização do 1º festival "Ré Majeure" na ilha, ao qual vou ficar atento, dirigido por Marc Minkowski, e que contou com a versão em concerto do Cosi de Mozart com a já "grande" Julia Lezhneva.
Foi fácil comprar bilhetes, infelizmente sem lugar marcado, o que deu lugar a golpes e atropelos, como dantes era habitual também em Portugal. A sala tinha boa acústica mas é pequena, os Musiciens du Louvre vieram em formação reduzida ao mínimo, a direcção de MInkowski ( de que nunca gostei por aí além) foi mortiça; mas a Julia ! sempre que a Fiordiligi entrava, que gosto, que cristalina e suave perfeição, que timbre aveludado, que controle de voz.
Foto final com telemóvel
Apesar de não ser adepto das versões de concerto, é verdade que assim o canto sai ainda mais valorizado, e a noite na bela aldeia portuária de Ars-en-Ré teve momentos de magia vocal, pela Julia sobretudo, mas para ser justo, também Gaëlle Arquez (Dorabella) cantou lindamente.
Um vídeo promocinal:
Próximos posts: sobre outras belas experiências "charentaises".
5 comentários:
E que bom é ouvir boa música por bons intérpretes durante uma viagem!
Verdade, Gi! Eu já levava uma esperançazita, mas foi uma bela surpresa sobrarem bilhetes.
Ouviu o CD de Rossini da Lezhneva? é MUITO bom, a orquestra pobre mas a voz superlativa. Gosto muito mais da Cenenterola dela que da Bartoli, ou mesmo da DiDonato.
Mário
Nem acredito que teve a sorte de ouvir a Julia Lezhneva! Acho que a cantora a quem já chamam "moon face" vai ser um grande sucesso.
Lembra-se quando eu chamei atenção para ela no Outras Escritas?
@ Gi: Por falar na DiDonato, já reparou que ela não tem praticamente registo grave? (O Mário que me desculpe, porque sei que ele é grande fã da cantora).
Lembro, claro, Alberto. E com razão. Como ela canta bem! E tem uma presença única. Foi uma sorte, se calhar fiquei freguês do festival, tão perto e tão barato.
Gosto da DiDonato sim (julguei que ambos gostavamos), daí a ser "fã"... é verdade que lhe faltam graves, mas ainda há pouco foi magnífica no Comte Ory do Met.
Mário
Sim, gosto bastante de DiDonato, mas, devo confessar-lhe, que cada vez lhe sinto mais falta dos graves.
(Quanto, a ser fã, era só um pouco de provocação :)).
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