São dois os edifícios neo-clássicos da National Gallery of Modern Art de Edimburgo. Os jardins, embora bonitos, ficam a perder com os nossos; mas as colecções, exposições temporárias, lojas e cafetarias convidam a longas e repetidas visitas.
Depois de Dean Village, procurámos o caminho para os Museus, enganámo-nos, andámos às voltas, mas lá chegamos: frente a frente, dos dois lados da estrada de Belford Road, estão o NGMA One e o NGMA Two, este mais dedicado a exposições temporárias e de autores britânicos.
Everything WAS alright.
Ao longo do relvado da ONE, há Miró, Henry Moore (quem não tem ?) e outros que procuram enquadrar arte e paisagem.
Henry Moore, Reclining Figure, 1978
Eram outras coisas que eu procurava. Primeiro, a Onda. É uma escultura famosa de Dame Barbara Hepworth, uma daquelas obras que marcam à primeira vista e quanto mais se roda em torno dela mais se gosta. Nada de bonecos e palhaçadas provocatórias: apenas uma genial peça de escultura.
Também extraordinário é este corredor em bronze:
Germaine Richier, Le Coureur, 1955
Um Mondrian, todo equilíbrio e oposição de formas:
Roy Linchtenstein, In the car. Psicologia, conflito e velocidade numa estética de banda desenhada.
Mas tudo o que eu queria era ficar em pasmo diante deste Picasso:
Mère et enfant, 1902.
Um quadro do período azul onde sofrimento e vergonha são retratados com toda a cumplicidade do pintor, de forma austera e discreta - por um rosto que se esconde.
Dei várias voltas às galerias mas regressava sempre aqui. Este quadro é quase um padrão de arte perfeita. Transmite o essencial da humanidade e da vida, pelo sublime da expressão plástica mais depurada. Quase poderia ter sido feito em qualquer parte do mundo, em qualquer altura da História - mas por um homem de génio, sempre. Quase podia ser uma pintura mural das cavernas. Universal, intemporal.
Gate, William Turnbull
Mais esculturas nos jardins.
Master of the Universe, Eduardo Paolozzi
https://www.nationalgalleries.org/visit/scottish-national-gallery-modern-art
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