A vasta obra coral de Felix Mendelssohn pode, em audição prolongada, soar excessiva, pesadona, repetitiva, indigesta; mas tem momentos tão sublimes que arrepiam. É o caso deste famoso Salmo 42, com dois corais de comover um muro de granito, composto em 1838 (durante a viagem de núpcias !) sobre o texto do Livro dos Salmos traduzido por Lutero. Parece reflectir a intensa felicidade que Mendelssohn sentia nesses dias...
Formalmente é uma cantata para soprano, côro e orquestra. Dele disse Herreweghe:
"Os apreciadores de coros ficarão eternamente gratos a Mendelssohn por ter posto assim em música um dos salmos mais populares".
Aqui fica por La Chapelle Royale e o Collegium Vocale, dir. Philippe Herreweghe. Recomendo o côro final,Was betruüst du dich, aos 20:20
(Como uma corça anseia por água fresca)
[É fácil encontrar o vídeo da gravação ao vivo]
A gravação de que mais gosto é a da Orquestra e Côro de câmara de Estugarda, dirigida por Frieder Bernius.
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