sexta-feira, 3 de abril de 2020
A uma Campaínha de Inverno, de Wordsworth.
Um poema de que ainda não encontrei tradução, e onde a genial melancolia de Wordsworth transborda os limites. Poesia contra a reclusão e a ameaça.
To A Snowdrop, by William Wordsworth
Lone Flower, hemmed in with snows and white as they
But hardier far, once more I see thee bend
Thy forehead, as if fearful to offend,
Like an unbidden guest. Though day by day,
Storms, sallying from the mountain-tops, waylay
The rising sun, and on the plains descend;
Yet art thou welcome, welcome as a friend
Whose zeal outruns his promise! Blue-eyed May
Shall soon behold this border thickly set
With bright jonquils, their odours lavishing
On the soft west-wind and his frolic peers;
Nor will I then thy modest grace forget,
Chaste Snowdrop, venturous harbinger of Spring,
And pensive monitor of fleeting years!
Florzita solitária, rodeada de neves e branca como elas
Mas muito mais rija, mais uma vez te vejo descer
A fronte, como quem receia ofender,
Como visita inoportuna. Se bem que, dia após dia,
Do cimo dos montes rompem chuva e ventania
Encobrindo o sol nascente, desabando sobre os prados;
Tu és sempre bem vinda, bem vinda como amiga
Cujo zelo supera a promessa! Os olhos azuis de Maio
Irão em breve contemplar nestas paragens a densa
Claridade dos junquilhos, seus aromas dispersados
Na suave brisa de oeste e outros ventos insanos;
Por nada a tua graça modesta eu então esqueça,
Casta Campaínha, venturosa pioneira da Primavera
E pensativa monitora de fugazes anos !
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