domingo, 17 de agosto de 2025
Cinco poemas de W. B. Yeats, por mim traduzidos
domingo, 10 de agosto de 2025
Duas cidades à espera dos bárbaros : Narva, última fronteira da Europa, e Kirkenes, no ártico face a Murmansk
O castelo de Narva frente à fortaleza de Ivangorod: um afrontamento evidente nas pedras da História.
Os tambores de guerra ouvem-se cada vez mais do lado de lá, das quatro tenebrosas ditaduras de hoje: Rússia, China, Irão e Coreia do Norte. Mas é a nossa (da Europa) fronteira leste que mais me preocupa, com a crescente concentração de tropas, quartéis, bases aéreas e navais do lado russo e a correspondente resposta do nosso lado. As maiores ameaças - já nem falo da Ucrânia - sentem-se na Estónia e na Finlândia / Noruega, sobretudo lá a norte junto ao Mar Ártico. As populações locais estão em alerta e em aflição permanente, as provocações são constantes - na costa ártica da Noruega, na ilha norueguesa Svalbard, e ao longo do rio Narva, na Estónia.
A Câmara rodeada de blocos, todos tristemente iguais.
É também conhecida como Castelo Hermann, nome dado pelos germânicos à Torre, provavelmente com origem em "heri - man", guerreiro. A Torre seria completada já no século XV.
Além das vistas largas sobre o rio e a cidade, o Castelo oferece um Museu com estruturas de apoio a visitantes.
Pode ser aqui que começa a 3ª GG.Pessoal do consulado russo remove um cartaz de apoio à Ucrânia que consideram 'provocação', embora não estivesse na terra deles.
É frequente algum tripulante sair e ser visto a tirar fotografias. Andam tão à vontade que se fala da "cidade russa na Noruega". Entretanto o Consulado (onde os russos registados vão votar em Putin) está quase sempre fechado, e quando o cônsul é avistado anda com as insígnias da "Operação Especial" em curso.
The Barents Observer:https://www.thebarentsobserver.com/news/in-front-of-kirkenes-war-memorial-sergeinbsp-recorded-video-greetings-to-russian-soldiers-in-ukraine/429542
sábado, 2 de agosto de 2025
Os nossos chás memoráveis, de Madrid a Ystad , de Glasgow a Salzburgo
Nas nossas viajens, não havia grande orçamento para restaurantes; na sua maioria as refeições eram fraquinhas, a poupar. Mas no lanche não se poupava, chá com bolo, pastel, biscoitos ou scone era inevitável. Tornou-se um ritual.
A primeira vez foi numa casinha em Windsor. Não consegui documentar. Começo então pela ida à Escócia.
Glasgow, 1993 - Willow Tea Rooms
Place du Grand Sablon, 12
Foi uma das nossas primeiras escapadas na Bélgica. Viagem e Hotel eram em conta, mas quando lá chegámos depressa demos conta de que tudo custava o dobro ou o triplo.
Ely é uma pequena cidade do Cambridgeshire com uma grande Catedral, uma das mais belas que vi em toda a vida, deslumbrante. Ao lado, a poucos metros, está anunciado:
Estivemos por baixo desta janela.Aqui estivemos num Julho que mais parecia Março, frio e ventoso. A chuva também veio estragar ainda mais, gelada.
Famintos, molhados e enregelados, entrámos no Linné Hornan para reconfortar. Felizmente acompanhámos o chá quentinho com uma deliciosa especialidade sueca.
A Péclard (agora Café Schober ) era uma confeitaria requintada na cidade velha de Zurique, com fabrico próprio, e com uma esplanada muito concorrida.
Numa pracita da Altstadt, o exterior da Péclard não deixa adivinhar o luxo lá dentro.Madrid 2013 - La Pecera
Circulo de Bellas Artes, Calle Alcalá
Fica ao lado do palácio Metropolis.
E lá de cima do terraço, Madrid.Rottingdean, Kent 2013 - The Trellis
A aldeia costeira de Rottingdean concorre sempre ao "Britain in Bloom", a competição pelo galardão de cidade mais florida do Reino. Subíamos a High Road quando, inesperada, surge a Trellis Tearoom
Um bocado parola (à maneira inglesa), num excesso de florido e cor de rosa.
Acabou por ser um dos melhores chás de sempre, os scones muito bons e bem servidos.
Numa das aldeias mais bonitas dos Cotswolds, em frente ao Market Hall de 1627, demos com esta sala de chá very british.
Inesquecível.
Um dos locais mais animados de Oxford, onde todos os oxfordianos já alguma vez foram.
Ystad, 2018 - Maria Caféet