quarta-feira, 4 de março de 2009

ainda Giotto – capela dos Scrovegni

Graças aos banqueiros...

Em época de amaldiçoar os bancos, é pelo menos heterodoxo relembrar o quanto devemos a esses gananciosos especuladores: grande parte da Arte clássica não teria sido possível sem eles, e sobretudo a admirável arquitectura e pintura italianas.

Ora acontece que o rico banqueiro de Pádua Enrico degli Scrovegni quis construir, em 1300, uma capela particular com o nome de família num local com acesso directo ao palazzo familiar. E encomendou a decoração, claro, ao melhor e mais caro da época – Giotto. (Também não se poupou na estatuária: 3 obras de Giovanni Pisano).

Giotto tinha já trabalhado para o Papa na basílica de S. Francisco de Assis, em Roma e em Pádua. Começou a pintar a capela em 1302 e acabou em 3 anos. Tinha realizado uma das maiores obras primas da arte europeia. Os frescos que cobrem por completo as paredes narram a história bíblica da Virgem e de Cristo, e ao fundo o Juízo Final.

Depois de séculos de degradação, os frescos começaram a ser restaurados em 2001 e podem ser apreciados agora “como novos”.

A exposição em cartão e papel de fotografia à escala de ¼ na Universidade do Porto dá uma pálida imagem da magnificiência da obra; não deixa de ser uma boa publicidade para ir a correr a Pádua ver uma obra que totalmente desconhecia.

Site:
http://www.cappelladegliscrovegni.it/

2 comentários:

Anónimo disse...

o nome da obra em cima do anjo ?

Mário R. Gonçalves disse...

Capela de Scrovegni, em Pádua