With or without religion, you would have good people doing good things and evil people doing evil things. But for good people to do evil things, that takes religion.
Steven Weinberg
It is a truism that almost any sect, cult, or religion will legislate its creed into law if it acquires the political power to do so
Sir Arthur C. Clarke
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
5 comentários:
Meu caro
creio que não tera´muita dificuldade em concordar comigo no seguinte:
Então não há boas pessoas sob o regime chinês, (para dar um exemplo) que, por obedecerem ou terem sido educadas assim, se fartam de fazer mal?
Não há boas pessoas nos exércitos que também elas fazem coisas más por cooperarem?
Boas pessoas que por convicções políticas ou científicas, se fartam de fazer mal - pensando fazer o bem?
Cumprimentos! ::))
Cara Ilha,
É salutar não estarmos de acordo em tudo,e espero que nãodeixe de me visitar ; mas na realidade o que contrapõe não são objecções! Porque nem o chinês, nem o militar, agem por sua livre vontade.Estão condicionados e mesmo assim acredito que na maioria quando fazem mal é com relutância e não com gozo ou grande empenho de alma. Ao contrário dos que optam por uma religião até ao ponto de se desumanizarem.
Boas pessoas que por convicções científicas façam mal, não conheço. É mesmo um absurdo.
Quanto à política, às vezes, é o equivalente de uma religião...
Abraço
"Boas pessoas que por convicções científicas façam mal, não conheço. É mesmo um absurdo."
Nesse caso, caríssimo, tem muito de urgente a compreender...
Pode tratar-me pelo meu nome - e não por ilha - isto é uma questão entre o blogger e o wordpress, que faz com que eu tenha que assinar assim.
"nem o chinês, nem o militar, agem por sua livre vontade."
Ora essa... muitos, agem.
É preciso reflectir mais e estudar e relacionar as coisas mais profundamente: então as pessoas que lutaram pelo comunismo, ou por outras ideias que depois resultam em algo mau, como a revolução francesa, não o fizeram de sua livre vontade, por exemplo?
Retribuo o abraço. :)
Diótima,
Então é a mesma autora do blog Lira de Terpsichore? ou é parente? :-)
Bom, quando postei aquelas citações de dois cientistas que muito admiro, quis através deles exprimir o que sinto cada vez mais, que a religião está não só na origem de muitos males deste mundo, mas pior ainda, está a ser um entrave anacrónico a um maior progresso ou mutação no desenvolver da história humana. Mais do que um "choque de civilizações", há um choque de religiões, com o seu cortejo de preconceitos e ideossincrasias atávicos e irracionais.
Steve Weinberg, penso eu, refere-se aos homens bons que, por religião, praticam actos maus. Nisto não se enquadram os seus "contraexemplos". Um homem bom só mata, ou destrói, ou tortura, sob influência da religião. Ou do álcool, que acaba por ter o mesmo efeito de idiotização - sabemos como os nossos bons soldados perpetuaram um massacre em Moçambique, embriagados.
Muito diferente é embarcar numa aventura à partida generosa e de que não se conheciam os efeitos perversos; caso das revoluções que menciona. Mesmo assim, mantenho que, quem no período soviético ou maoísta, ou em Guantanamo ou em Wyriamu, matou e mutilou com gozo, não pode ser um homem bom. Há sempre escape para um homem bom.
Vemos hoje muitos escapados dos países islâmicos integrados na nossa vida ocidental e vivendo em paz e bondade. Recusaram que os filhos fossem criança-bomba e as mulheres excisadas e apedrejadas. Também, infelizmente, vemos muitos "homens maus" que, mesmo em visita em casa alheia, são patifes do piorio.
Do mesmo modo, não acredito que um soldado israelita que lúcida e livremente bombardeia uma casa de família e mata inocentes seja um homem bom. A religião transformou-o numa besta. Teria toda a liberdade para escapar a esse destino. Aliás, quer do lado do Hamas quer do lado de Israel não há "homem bom " que seja impedido de se exilar e fuzilado caso se recuse a tomar parte em crimes de guerra. O que os impede, está dentro deles - a religião.
Sou o primeiro a extasiar-me com a música sacra , antiga e moderna; sei que sentimentos de contemplação e sede de transcendência estão na raiz dessas obras, por vezes primas. Isso não me impede de ver o outro lado da moeda, convicto de que, se não temos cuidado e se a razão e a humanidade não se impoem, acabamos por trucidar ao som dum Stabat Mater, como outros ao som do Wagner.
Cordialmente,
'pulga'
Enviar um comentário