terça-feira, 16 de novembro de 2010

David Daniels - Schlummert ein

Ora aqui está algo que Andreas Scholl nunca conseguiria!

Enquanto Scholl está cada vez mais mortiço e inexpressivo, Daniels tem um domínio de voz e riqueza tímbrica cada vez mais impressionantes e vibrantes de vitalidade.


David Daniels - Bach: "Schlummert ein"

5 comentários:

Paulo disse...

O Daniels aqui (em estúdio) está muito bem. Mas ele e o Scholl têm vozes diferentes. E ao vivo, na minha opinião, ganha o Scholl. O Daniels às vezes sofre de problemas de afinação e de volume. Pelo menos foi o que senti quando o vi na Gulbenkian há uns anos. E gosto muito dele, note-se, a seguir ao outro. Penso que já o tinha dito antes.

Moura Aveirense disse...

Pois eu acho que o Scholl está como o vinho do Porto: quanto mais velho, melhor :) O novo CD de Purcell é sublime!

Não desgosto do Danielas, mas concordo inteiramente com o Paulo.

Mário R. Gonçalves disse...

Cara Moura, Caro Paulo: nem todo o Porto envelhece bem; e o Scholl , que admirei ao vivo,faz-me cada vez mais sono. Não há ponta de vida naquela voz, mas dou de barato que esteja muito afinadinha.

Só que o Daniels arrisca, às vezes falha, mas quando tem rasgos de sublime, tem rasgos de sublime: faz vibrar de emoção. É o caso.

Isto mantendo a conversa ao nível do leigo no assunto que sou, e apenas distingo diferentes prazeres de ouvir.

Gi disse...

Tenho de concordar com o Mário em relação ao Scholl e com o Paulo em relação ao Daniels: tenho achado o Scholl mais fraco (quando o vi ao vivo já fiquei com sérias dúvidas quanto à longevidade daquela voz) e já tenho ouvido o Daniels a desafinar em gravações.

Paulo disse...

Caro Mário,
Ao contrário da Moura, eu não acho que o Scholl esteja como o vinho do Porto. Pelo contrário, temo, desde a última vez que o vi (também na Gulbenkian), que tenha entrado na fase descendente. Suponho que as vozes dos contra-tenores tenham um prazo de validade mais reduzido que as dos restantes cantores. Ainda assim, foi o contra-tenor de quem mais gostei ao vivo. E foram muitas as oportunidades que não perdi.