Outra das minhas noites culturais em Londres vai ser o bailado The Prince of the Pagodas, no próximo dia 27, na ROH Covent Garden, com o Royal Ballet.
The Prince of the Pagodas foi criado em 1957, tendo a música sido composta por Benjamin Britten para texto e coreografia de John Cranko. Mas foi a coreografia de Kenneth MacMillan em 1989 que tornou o bailado num sucesso.
Cranko inspirou-se no Rei Lear de Shakespeare. Um imperador tem de decidir qual das filhas casar para garantir descendência; a feia e má, Épine, ou a bonita e bondosa, Rose. Convida reis dos quatro cantos do mundo, que escolhem Rose, mas Épine faz um golpe palaciano e expulsa Rose, que é levada por magia ao reino do Príncipe de Pagoda (Birmânia?), transformado em salamandra. O príncipe é devolvido à forma humana e ajuda Rose a derrotar a peste da Epine, casam e pronto.
Há ainda várias ambiguidades, duplicidades e piscadelas aos clássicos que enriquecem o texto.
Britten incorporou elementos de música do Bali na partitura, para conseguir exotismo oriental, recorreu à escala pentatónica e usou "estratificação polifónica", uma técnica frequente na música asiática, também designada por heterofonia: uma linha melódica em simultâneo com uma ou mais variações sobrepostas. Britten usou-a com frequência.
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sexta-feira, 1 de junho de 2012
O Príncipe dos Pagodas
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3 comentários:
Pelo Royal Ballet, parece-me muito bem.
(E os pagodes lembraram-me Bali, um dos sítios onde mais gostei de estar.)
Nunca estive no Bali, Paulo, os meus horizontes limitam-se ao ocidente clássico...
Mas este pelo menos não é com a música entediante dos bailados de Tchaikovsky.
Mas também é interessante conhecer os horizontes dos outros. Eu acho.
Eu não sou muito dado ao ballet clássico. Fico-me pelo Lago dos Cisnes, por Romeu e Julieta e pouco mais. Mas tem de ser pela Plisetskaya e pelo Nureyev, o que torna tudo muito difícil.
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