Há certamente aldeias ou vilas mais merecedoras da classificação "plus belles villages de France" do que esta Ars-en-Ré; embora a ilha tenha sido invadida e saqueada por ingleses e holandeses, falta a Ars fazer-nos sentir História ou Arte. Mas é certamente airosa, florida, de arquitectura coerente e ainda autêntica ao longo das ruas e vielas ("venelles"). Casas de um a três pisos no máximo, fachadas brancas ou branco-sujo, janelas com portadas ou venezianas de madeira à boa maneira mediterrânica em cores suaves - azul, verde, cinzento.
E, claro, as omnipresentes bicicletas, às centenas.
A entrada da vila, junto ao porto, bordada de esplanadas.
Aquele edifício junto ao cais, à esquerda, foi em tempos a estação de combóio que serviu a ilha até 1935.
Lá dentro da vila é assim: caminhando ou pedalando, sempre um gosto.
Portadas venezianas e rosas tremedeiras, o bilhete postal.
O centro é a Place Carnot: tem a igreja de St. Étienne e a Maison do Sénéchal, com o seu torreão muito peculiar.
O portal da Igreja, romano-gótica (séc XI-XV)
A invulgar torre sineira, em flecha octogonal de 40 metros.
A Maison du Sénechal, único exemplar de edifício renascentista em pedra, começou por ser a sede do governador da ilha - o colector de impostos para o Rei e para a República.
Não faltam ângulos bonitos na Place Carnot.
Mas há surpresas modernas, como esta galeria de arte que muito me agradou:
Gilles Candelier - Paradoxes
O passeio à noite - e eram mornas as noites de Junho - sabia pela vida, depois de bem comido e regado.
2 comentários:
Muito apetecível, sem dúvida.
Até o meu cão acha que devíamos passar mais tempo de férias...
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