quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Oskar Bergman, pintor e artista gráfico sueco (1879-1963)


Começo aqui 2018 da mesma forma luminosa como terminei o ano anterior, agora nas artes plásticas, e curiosamente ainda na Suécia, esse país estranho e de luz difícil. Conheci há pouco tempo, pela net, este artista gráfico, pintor de guaches e aguarelas, que viveu no século XX sem quase ninguém dar conta dele:

Oskar Bergman


Oskar Bergman nasceu a 18 de Outubro de 1879 em Saltsjöbaden, um dos bairros periféricos de Estocolmo. Foi autodidacta, mas frequentou os meios artísticos da época nas viagens que fez pela Europa, sobretudo em França e Itália.

Na década de 1940 pintou várias paisagens urbanas vistas de Södermalm (um quarteirão histórico de Estocolmo) que chamaram a atenção de algum público. Usava sobretudo aguarela e guache, em obras realistas onde trabalhava com minúcia os detalhes e as cores. Também se dedicou à ilustração e à gravura.

A Forest in Winter, 1904, obra de juventude.

Ängsblommor, Flowers in the meadows, 1911.

Oktobernatt, October night, 1923; próximo da arte 'naïf '.

Landscape with birch trees, 1928 - naïf colorido.

Orchards in Southern France, 1929

Utsik over havet, View over the sea, 1930.

Skeppsholmen, 1936.

Winter view from Skeppsholmen, 1936

Landscape after the rain, 1938

Stigbergsgatan, Saltsjöbaden,1940.

Solig Majdag, Sunny May, 1943.

View of Torö, Södertörn, 1945.

Småstadsgata i töväder, Small town street under the storm, 1946.

Tido como uma das suas melhores obras, este óleo sobre tela mostra mais uma paisagem urbana, a rua de uma vila na Suécia. O talento de Bergman para a paisagem e a sua sensibilidade para as diferenças com as estações - tema constante nele - são evidenciados nos pormenores traçados a pincel finíssimo.


A escala de cores é ampla, e Bergman usa efeitos de composição surpreendentes, como os padrões do gelo que funde e se transforma em espelho de água, reflectindo os dois transeuntes e o céu do entardecer, que vai envolvendo tudo em tons desde laranja e rosa ao azul.

 


4 comentários:

Fanático_Um disse...

Obrigado pela partilha estas obras de beleza invulgar que não conhecia. E votos de um excelente ano de 2018, também cheio de "posts" como este, para nos deliciar.

Mário R. Gonçalves disse...

Viva, Fanático_Um, um bom ano, e também operático, com muitas reportagens de grandes récitas :)

Virginia disse...


Estas imagens são mesmo luminosas, algumas duma beleza quase etérea. Obrigada pela partilha. Um Bom Ano, cheio de viagens, criatividade e música.

Mário R. Gonçalves disse...

Obrigado, Virgínia, ainda bem que gostou. Encontrei Oskar Bergman num outro blog, e foi uma revelação. Nada a ver com o "lixo" que por aí se expõe, Serralves incluído.

Um belo 2018 para si, com saúde, boas pinturas, bons passeios nos parques e jardins, belas fotos, e Leeds, espero :)