domingo, 25 de agosto de 2019

Olafur Eliasson em Serralves, uma modernidade bonita para variar.


Olafur Eliasson (n. 1967) é um artista dinamarquês que desde 1967 tem estúdio em Berlim; as suas obras têm sido expostas nos melhores museus do mundo, do MET à Tate Modern ( a decorrer). A espacialidade, desenvolvida em instalações de materiais variados em grande dimensão, e o efeito cénico surpreendente em integração na paisagem, parecem ser as suas linhas de criação. Está com algumas obras agora em Serralves, e gostei de as ver. Aposta em formas de beleza, com uma dinâmica elegante e harmoniosa - isso agrada-me, ao contrário do kitsch parolo que por aí abunda.

A exposição chama-se "Future is now". No interior há apenas uma sala com três obras, reflectidas em grandes espelhos que dão uma ilusão de enorme espaço, projectando n vezes as curvas dinâmicas das peças em arco expostas.

Entra-se assim:

Yellow Forest, 2017

Um círculo de terra com vasos de bétulas, cortada a meio por uma caminho de passagem e entrada para a exposição.


Entrada para o futuro ?

O futuro ? "The listening dimension", 2017

"Efeito espacial" bem conseguido, os anéis flutuantes e seus múltiplos duplicados.

Passando ao jardim, começo por esta pérgola em curvas hiperbólicas lembrando um tornado, ou um buraco negro, ou um torvelinho... uma boa ilustração da geometria hiperbólica de Lobatchevsky:

Na avenida principal, "The curious vortex".



Num ajardinado mais amplo, ao lado do edifício, está este conjunto de três esculturas em laços contorcidos, "Human time is movement":

São as três estações, mas qual é qual?

Bonito, muito bonito mesmo. As formas são produzidas por processos matemáticos.



Um bailado de voltas e contravoltas.


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A fórmula da Clelia:


Decoração de Eliasson no edifício Bloomberg de Londres.

1 comentário:

Virginia disse...


Em sintonia. Palavra que não tinha reparado neste post, tão parecido com o meu :)