Vamos lá e-viajar até às mais belas ilhas da Europa (talvez a par com as Lofoten).
É uma povoação bastante antiga - a primeira referência escrita está no Hundebrevet (=regulamento dos cães), um documento fundador das ilhas Faroé que data de entre 1350 e 1400.
Situada numa reentrância do Funningsfjørður, Elduvik fica 31 km a norte da capital Tórshavn. A aldeia está separada em duas por um pequeno curso de água; o casario forma dois aglomerados nas margens da corrente.
As casas protegem-se umas às outras do mau tempo.
Elduvík, Eysturoy, ilhas Faroé (Færeyjar)
Coordenadas: 62°17′ N, 6° 54′ W
População: ~ 30
As casas mais antigas ainda mantêm a cobertura de relva.
Pátios, quintais, degraus, muros, cercas, variedade de espaços numa aldeia minúscula.
Casa revestida de alcatrão com alicerces em pedra.
Casa com vista:
As cores de Elduvik.
Só em 1951 se estabeleceu a primeira igreja.
Fica um pouco acima do ribeiro, frente à antiga escola (vermelha) e ao fiorde.
Igreja de madeira, pintada de branco. A torre do relógio ergue-se a partir da empena. O relógio é de 1951, feito em Aalborg.
O tecto de madeira tem três secções, e tal como as paredes está pintado de amarelo pálido.
Como é hábito, um navio votivo está suspenso do tecto; é também um modelo em madeira.
Os serviços prestados na aldeia são rudimentares:
Mesmo ao lado, a antiga loja "The Old Store" , agora também para alojar visitantes.
2 em 1 - caixa de correio e bomba de incêndio.
Uma rampa com degraus permite recolher os barcos acima das águas do fiorde.
Natureza à volta da aldeia:
O ribeiro que atravessa Elduvik desagua no fiorde.
O Funningsfjørður em toda a magnificência; como costumo dizer: mesmo que não pareça, também aqui estamos na bela Europa !
Aurora sobre o fiorde:
Gosto disto, gosto muito disto. É como um mundo distante, belo mas inalcançável, inóspito, primordial.
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Uma lenda de Elduvik, ilhas Faroé
O Marmennil era um humano pequeno, com longos dedos, que vivia no fundo do mar. Pregava partidas aos pescadores comendo os iscos e cravando os anzóis na areia do fundo de modo a que as linhas de pesca se quebravam.Um dia, o Marmennil estava a fazer isso com o anzol de Anfinnur, um camponês de Elduvik, quando o anzol se lhe cravou na mão, e ele foi puxado para cima até ao barco do pescador. Anfinnur fez o sinal da cruz e levou Marmennil para casa.
Acabou por ser de grande utilidade nas jornadas de pesca; empre que havia peixe nas águas sob o barco, Marmennil começava a rir e brincar, e os pescadores de Elduvik traziam pesca abundante. Por isso levavam-no sempre, lembrando-se sem falta de fazer o sinal da cruz ao trazê-lo de volta para bordo.
Anfinnur manteve Marmennil por muito tempo, mas um dia o mar estava tão bravo que se esqueceram de fazer o sinal da cruz. Marmennil esgueirou-se, saltou borda fora, e nunca mais foi visto.
1 comentário:
Que lugar incrível Sr. Mário! No inverno deve ser bem frio né? Magnífico!
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