domingo, 7 de junho de 2020

Messa di Gloria, a missa operática de Puccini


É domingo, vamos a esta Missa - nada litúrgica mas muito teatral como tudo em Puccini. Trata-se de uma grande obra lírica, para orquestra e coro (4 partes)  com três solistas, formalmente uma Missa completa. Foi estreada em Lucca em 1880, mas Puccini não a publicou, só o faria em 1951 para ser cantada em... Chicago, 1952 !

Foi uma obra de juventude - talvez a primeira de Puccini, aos 18 anos. O impulso operático já se nota, embora o compositor sé viesse a dedicar-se à Ópera anos mais tarde, depois de ouvir a Aida. Há alegria e entusiasmo exagerados, assim como excesso de tragédia à italiana. Por vezes parece estarmos a ouvir o Nabucco.

Abre lindamente com o Kyrie:


Esta gravação é de 2001, com o coro da London Symphony, Roberto Alagna e Thomas Hampson dirigidos pelo especialista Pappano.

Segue-se a exuberante Gloria, gloriosa com as trombetas:


Muito bonito, Puccini não é meu favorito mas estou rendido.

E vou terminar com o Qui tollis, o tal que lembra Verdi :


Grandioso! Parece que estamos a ver o exército do Imperador a entrar em Palco.


Celebração dominical acabada, vamos ao café.


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Link para um Et  Incarnatus est:
https://www.youtube.com/watch?v=z5YZDtair_k



3 comentários:

Fanático_Um disse...

Puccini é um dos meus favoritos! E esta Missa é muito interessante. O único senão desta gravação é o Roberto Alagna, nunca compreendi a fama que tem. Apesar da escassez de tenores, há muito melhores que ele.

Mário R. Gonçalves disse...


De acordo! O Alagna não é 1ª escolha, mas faz menos mal na Missa que num papel operático. Tem graça que abundam vozes femininas excelentes, sopranos e mezzos, mas tenores, hummm... Beczala ?

Fanático_Um disse...

Sim, o Beczala é, actualmente, o melhor. No belcanto, o Camarena é excelente. Mas tenores empolgantes é algo que não abunda!