Romain de Tirtoff (1892, S. Petersburgo - 1990) foi um artista francês, de origem russa, mais conhecido pelo pseudónimo Erté, das iniciais "R.T." em francês. Seguindo a corrente Art Déco, produziu obras de joalharia, estatuária, artes gráficas, moda, e também cenários para teatro, ballet e ópera.
O seu grande sucesso deve-se a um contrato em Nova Iorque com a Harper's Bazaar, em 1915, que não só lhe deu fama como os meios para poder viver da actividade artística.
Entre 1915 e 1937, Erté desenhou mais de 200 capas, e também colaborou com a Cosmopolitan e a Vogue, entre outras.
Quatre Émotions - L'amour, para a VogueSéries como "O Alfabeto" ou "Os Numerais" foram também muito populares em exposições.
O Quatro, Adão e Eva entrelaçados de folhas e bailando.
O Seis, de Erté
Prisoner of Love, bronze.
Mais tarde, já depois dos 70, Erté dedicou-se à escultura em bronze pintado a frio; criava peças únicas como oferta em troca de favores. É portanto o exemplo ideal do artista 'vendido', sem alma, sem rebeldia, que trabalha por encomenda, e por isso desprezado por muitos; como se a beleza em Arte tivesse de obedecer a critérios sociais.
Soleil, bronze.
The Flames of Love, bronze.
A Art Déco de Erté foi influenciada pela arte japonesa e por Beardsley, ilustrador inglês de temas ´decadentes´.Tanagra, um dos bronzes mais requintados.
Mas é um facto que Erté se moveu sempre nos meios endinheirados e de prestígio social, entre Nova Iorque, Paris e S. Petersburgo. As exposições no MET e no Ermitage eram acontecimentos de sociedade. Era disso que ele gostava e cultivava.
Talvez a sua obra mais conhecida seja Symphony in Black, uma mulher alta e esguia, estilizada, envolvida em roupagens e adereços negros e acompanhada por um cão também negro. Um estilo que faria escola.
Dois anos antes de morrer, Erté criou várias edições limitadas de garrafas para a casa Courvoisier.
Mais: https://biography.yourdictionary.com/erte
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E pronto, aqui têm um bom exemplo de Cancel Culture, a cultura de apagamento de personalidades de algum mérito só porque não correspondem aos cânones do Politicamente Correcto. Erté era artista da alta burguesia, que seja ignorado.
1 comentário:
Magnífico. Muito obrigado por me dar a conhecer mais este artista.
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