Tem havido muita promoção ao comércio "tradicional", às vezes descabida. De facto o Porto tem lojas únicas que valiam a pena antes da irrupção turística, mas agora só a certas horas do dia, em certos dias chuvosos... ou onde 'eles' não vão.
Um apanhado das minhas:
Livrarias
Bertrand, Almedina e outras foram para os Centros Comerciais. Só refiro as livrarias de rua.
Lello, na rua dos Clérigos
È raro a Lello estar assim desanuviada - agora sobram turistas em fila à porta e livros do Harry Potter. E guias turísticos. Uma tristeza. Já nem me aproximo.
Latina, a melhor na Baixa, também já sob pressão turistica:
Com o alto patrocínio de Luís de Camões.
Livraria Académica, na rua Mártires da Liberdade
Tenho a impressão que também vai pelo mesmo caminho, está na rota dos bares. Há mais gente a fotografar do que a comprar livros, mas ainda vale a visita.
Livraria Esquina, no Foco (Boavista)
Para comprar em sossego, ou folhear.
Livros novos e usados
Livraria Nunes, na Av. da Boavista
Tavez seja agora a melhor livraria de rua na cidade.
Passemos a armazéns.
Marques Soares, antes foi Pompadour e Armazéns do Norte.
Armazéns Cunhas, Leões
Belo edifício
art déco de 1917
Ourivesaria Reis & Filhos
Numa esquina 'nobre' da cidade, há muito deixou de ser ourivesaria. Agora é o que calha ao sabor das modas.
Farmácia Vitália
Mercearias
A Pérola do Bolhão
Sempre à cunha, fotógrafos à porta.
O Pretinho do Japão, rua do Bonjardim
Vinhos, conservas, bacalhau, frutos secos, chás, café em grão ou moído, biscoitos, compotas, especiarias, azeites, chocolates... tudo o que convém para abrigo subterrâneo em tempo de crise !
Casa Januário, rua do Bonjardim
'Dantes', há uns 30-40 anos, era um must.
No Natal ainda é imperdível.
Na minha zona, uma loja clássica é a Casa São Miguel, pomar e mercearia 'fina', onde há uma qualidade que se nota no preço.
E ainda a lojinha Seramota, claro, no Parque.
Bazar Paris, Boavista
É o unico que resta, na Boavista. Bonecas, casinhas e triciclos, claro, mas sempre preferi os combóios...
Mítico: fui muitas vezes ao Café Imperial, um galão e uma torrada, e ficava a olhar horas para os vitrais coloniais.
A vista do barco é que nos está negada agora pelo balcão dos macs...
Ufa! à 7ª, acabei com o Porto, obrigação cumprida, posso voltar alegremente às muitas belas cidades que descobri pela Europa, ou ao Ártico, as viagens que mais me preencheram; ou então, aos livros e à música. Bam'bora.
Foz, corrida ao pôr do sol no Farol de Felgueiras, noite de fim de ano
3 comentários:
Gostei muito de todas as fotografias! (e de recordar também as livrarias que já desapareceram como a Bertrand da rua, as duas e a Europa-América, que também teve duas lojas no Porto, e a Livraria Século ou Jornal de Notícias, a Escolar Infante - penso que na Rua continua a estar lá a Almedina, também a Livraria Leitura, a Livraria Britânica, não sei se a da Gulbenkian também já fechou
Olá, há que tempos não vinha cá !
Tudo desapareceu, infelizmente, a maioria para bares e ALC. O Porto está a ser comprado por Brasileiros. A Almedina resiste, penso, mas desisti pela antipatia do pessoal.
Belas fotografias para encerrar este belo ciclo. Muito obrigado. Ainda há locais para eu, forasteiro, visitar no Porto.
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