Um sítio tão intrigante como prodigioso, algo de mágico, algo de transcendente: numa ilhota mínima do Mar do Norte, perto do Círculo Polar, houve um mosteiro medieval fundado dedicado à irlandesa St. Sunniva e ao seu irmão, o mártir britânico Saint Alban.
O Mosteiro da Ilha de Selja foi construído durante o reinado do Rei Olav I (995-1000) e terminado por volta de 1100. Era habitado por 10–15 monjes.
Representação ficcional do que seria o Mosteiro Beneditino no auge.A ilha de Selja (do latim Selia), localizada na baía de Sildagapet em frente à aldeia portuária de Selje, tem apenas 5 habitantes permanentes, que gerem o cais e a recepção a visitantes; para deslocações temporárias só dispoem de um ferry, que liga Selja à aldeia de Selje, esta com pouco mais de 700 habitantes. É daqui que actualmente partem peregrinos e... turistas, claro. Mas contingentados.
O Mosteiro era um complexo de dimensão respeitável, com pátios e arcadas. Da sua Igreja só resta a Torre.
No lado oposto da ilha, voltado para a costa, Selja está aberta à baía de Sildagapet, no Mar do Norte; há um embarcadouro e algumas casas, entre elas a casa do antigo barqueiro.
O cais no lado oriental da ilha, com a cabina e o pontão flutuante para o pequeno barco que liga como Selje.Atravessando a baía, chega-se a Selja, povoação que tem duas aglomerações diversas: a antiga, com a igreja e casotas de pescadores, e a moderna, com edifícios administrativos, uma residencial e uma marina.
Um perfil idílico.
Sem dúvida uma Noruega menos ostensivamente rica e confortável, provando que ainda há muito espaço para isolamento e vida em sobriedade.
Na parte sul da aldeia há um centro de peregrinação que tanto acolhe os locais como os visitantes - o 'Selje Prestegard ', bem cuidado.
Para quem for visitar a ilha de Selja, três percursos a pé são possíveis desde o cais até ao Mosteiro; o caminho pelo Norte [1] é o mais antigo e o mais curto. O caminho [2] corta a direito pelo topo da montanha, e oferece vistas de 360 graus; o caminho [3] pelo sul é o mais acidentado.