Nada a ver com o post anterior!!
A Orquestra Barroca da União Europeia esteve este fim-de-semana nos festivais de Espinho e de Alcobaça, dirigida pelo cravista dinamarquês Lars Ulrik Mortensen.
Posso dizer que o concerto de ontem na linda e íntima sala do Auditório de Espinho, a encerrar o FIME, foi um absoluto luxo, no sentido musical: máxima riqueza interpretativa. Senti logo um "choque" com o Brandeburguês nº 3 de Bach que abriu a noite. Uma precisão no ataque das cordas, nos staccatos, ao mesmo temo uma macieza durante o arco sonoro, absolutamente de arrepiar. O tipo de coisa que nunca se pode ter em casa, por melhor que seja o Hi-fi system.
A direcção de Mortensen teve tudo a ver com isso. A gestualidade com as mãos e os saltos na cadeira do cravista eram só por si um espectáculo dentro do espectáculo - impressionava a expressividade que ele conseguia de uma orquestra que ao mesmo tempo era uma unidade tão coesa como se estivéssemos a ouvir um só instrumento a várias vozes. Enfim , uma síntese do perfeccionismo nórdico com o colorido e a alegria latina.
E era bem visível também essa alegria e extrema entrega dos músicos. Os oito das cordas esquerdas (violinos e violas) formavam a secção mais encantatória que ouvi nos últimos tempos. As cordas de tripa também contribuiam, claro.
O programa "Bach and Sons" foi dedicado ao Pai J.S. Bach e seus filhos. Destes, foram escolhidas obras menos conhecidas mas com belas e por vezes divertidas surpresas:
- Johann Christian Bach (Concerto para cravo em fá menor)
- Wilhelm Friedemann Bach (Sinfonia em fá Maior)
- Carl Philipp Emanuel Bach (Sinfonia em si bemol Maior).
- Johann Bernhard Bach, Concerto para violino, "Ouverture", em sol menor.
Fotos descarregadas da Net
1 comentário:
Nada a ver, hehehe...
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