No sempre obrigatório De Rerum Natura publicou Rui Baptista um divertido texto sobre a ronha anti-literária que expulsou Camilo dos textos escolares:
http://dererummundi.blogspot.com/2011/08/o-odio-de-perdicao.html
Aos poucos, é toda a História (artística, literária, das ciências, do pensamento) que se quer varrer em suposto benefício da contemporaneidade. Sendo esta consumista e mediática, está-se mesmo a ver onde se chegará. Aqui está um asneira "herdada"que ficaria bem a Nuno Crato rever.
Em contrapartida, leia-se (até onde se resistir) a execrável argumentação e o mau português com que Fernando dos Santos Neves, da Lusófona, defende a Reforma Ortográfica no Público de hoje em
Um pavor. Só falta dizer (explicitamente) que os donos da língua são os políticos.
Enfim, como dizia Camilo, pode ser que assim se conquiste a opinião das maiorias boçais.
3 comentários:
A argumentação do outro senhor não consegui ler até ao fim porque estava a ficar enfastiado. Já o texto do De Rerum Natura achei muito bom.
Mário, que a coisa, como todas as outras, é, imediatamente, sempre política, de minha parte, acho prudente não dividar. A História, porém, tem o costume de mostrar a real dimensão das políticas e o tamanho dos políticos. Pena que não seremos nós a ver.
Que a decisão é política, não duvido; o problema é que o essencial da argumentação devia ser linguística, e a acessória estratégia política devia ser assumida com clareza pelo poder. Ou bem que "não interessa para nada" ouvir os linguistas, escritores, os meios mais cultos, e se decide por conveniências de disputa de mercado; ou bem que há valores mais importantes e outros critérios se impõem.
Ninguém imagina reformas unificadoras do Inglês decididas por conveniência politica.
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