Situado no parque Nacional de Fulufjället, na Suécia, o Abeto de Dalarna, conhecido mais carinhosamente como 'Old Tjikko', é a árvore mais antiga do planeta, com 9550 anos, e o ser vivo mais antigo da Europa.
De tempos a tempos, ramos caídos por terra ganham raiz e formam novos troncos, enquanto o antigo definha e morre. Este processo, conhecido como estratificação radicular, pemite a renovação do tronco, enquanto a raiz enterrada se mantém e pode ela também produzir novos troncos.
Só para referência, o velho Tjikko viu o fim da última glaciação, deve ter assistido à passagem de Mamutes, e é anterior à mais antiga escrita europeia, no fim do Neolítico, há cerca de 8000 anos (a Tábua de Dispilio, na Grécia).
Imaginar que esta arvorezita sem graça 'viu' a nossa espécie crescer desde as pequenas tribos de caçadores-colectores até aos 7 biliões que hoje dominam o planeta... ! Que histórias fantásticas não teria para contar - se pudesse falar.
O Fulufjället Park, situado a 61°35′N 12°40′E, é um parque interior junto à fronteira da Suécia com a Noruega.
Mas há no planeta sistemas arbóreos bem mais antigos - são colónias clonais ou árvores múltiplas, com sistema radicular comum.
A colónia de ÁlamosTremedores (Populus tremuloides) de Pando, Utah, é uma floresta-organismo com sistema radicular comum, cujo peso total é mais de 6000 toneladas - o mais pesado organismo vivo da Terra.
O espectacular Pando Aspen Grove é uma pequena floresta em que cerca de 40000 troncos nascem de uma enorme raíz comum, que pode ultrapassar os 80000 anos. Dá vertigens.
Mais uma vez, os troncos renovam-se - duram uns 130 anos em média, mas a raíz é a que já vem do Paleolítico !
Na Ásia, o mais antigo é um belo Cipreste do Irão, com 25 metros de altura, que viu passar impérios e civilizações, e que também teria muito que contar, com os seus 4500 anos de idade - o Sarv-e Abar Khu.
O Sarv-e Abarkhu, a segunda árvore mais antiga no mundo.