terça-feira, 25 de novembro de 2014

' Rest, rest, seize the dying of the light '


Gosto muito do poema de Dylan Thomas  "Do not go gentle into that good night", citado no filme Interstellar como inspiração para os exploradores do cosmos não desistirem, lutarem pela vida até ao extremo. É um poema de raiva e luta contra a fatalidade, escrito por um jovem inconformado com a tragédia da morte do pai: "rage, rage against the dying of the light".

É lindíssimo, e certamente bem conhecido.

Mas eu, agora, tentando ser um "wise man", apetece-me transformar o poema no seu contrário, o que certamente o poeta detestaria, por isso humildemente lhe peço que me ignore. Porque eu não sou poeta, e muito menos revoltado, sou mais, mediocremente, assim:

        Yes, do go gentle into that good night,
        Old age should softly quiet at close of day;
        Rest, rest, and seize the dying of the light.

        Because wise men at their end know dark is right,
        and though their words had forked no lightning, aye,
        they do go gentle into that good night.

        Good men, the last wave by, crying how bright
        Their frail deeds might have danced in a green bay,
        Rest, rest, seize the dying of the light.

        Wild men who caught and sang the sun in flight,
        And learn in time they grieved it on its way,
        now do go gentle into that good night.

        Grave men, near death, who see with blinding sight
        Blind eyes could blaze like meteors, but they
        now rest, rest, seize the dying of the light.





3 comentários:

Fanático_Um disse...

Lindíssimo Mário, obrigado. (Eu desconhecia, confesso). E não poderia haver melhor escolha que este superlativo Van Gogh!

Gi disse...

O poema original é muito bonito e a sua versão ficou muito bem, Mário.

Mário R. Gonçalves disse...

:) é sempre bom agradar, embora neste caso tenha cometido um pequeno crime...