sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

O Medo - saudades de Tintin


O mais perigoso estado de alma numa sociedade é o medo. Pode desencadear todo o tipo de reacções - desde a auto-humilhação até à violência mais sangrenta. Nos casos benignos, se se podem chamar assim, dá origem à censura, própria e dos outros.

Foi o que sucedeu com a homenagem do Museu Hergé em Lovaina ao Charlie Hebdo.  Receosos das "consequências", os organizadores cancelaram a exposição que estava agendada para abrir a 22 de Janeiro. A Jihad vence em toda a linha, como já mestre Cabu previa:

desenho de Cabu

Custa-me que em nome do meu herói Tintin alguém meta assim o rabinho entre as pernas. Ah se ele fosse 'vivo'...


Aqui era Müller o patife, hoje os mullahs.

4 comentários:

Gi disse...

Isto vai mal, Mário.
Anda o pessoal cheio de medo: dos jihadistas, do Syriza, dos impostos, das troikas, da senhora Merkel, dos próximos comentários de Mário Soares...
A sério, não se aguenta.

Mário R. Gonçalves disse...

Com o Syriza e o Soares posso eu bem, Gi. No limite, até com a Merkel.

O que me deixa preocupado seriamente é o medo de (fazer, escrever, dizer...) e não este ou aquele protagonista asneirento.

Gi disse...

Eu percebo, Mário. Brinquei porque estou farta desta atmosfera depressiva.

Virginia disse...

Mille millions de sabords....

Que saudades Cavaleiro Andante, dos bons e dos maus....