segunda-feira, 4 de maio de 2015

Um post frondoso: tantas árvores à minha volta.


De uma coisa não me posso queixar: de falta de verdura à minha volta. Ruas e arruamentos que por aqui passam estão felizment bem providos de arvoredo.
Choupos e carvalhos, sobretudo, mas também figueiras, japoneiras, magnólias, palmeiras, pinheiros... calha bem sobretudo no verão, quando consigo fazer o percurso casa-jornal-café em grande parte à sombra destas amigas todas.


Começo pelo Largo aqui em frente. Duas filas de choupos bem crescidos, da variedade tremedor (tremula), escaparam à razia que dizimou estas árvores mais adiante na rua, por causa, dizem, da tubagens que eram destruídas pelas raízes. Sorte ter sobrado este resto de alameda que embeleza toda a área.


As urbanizações que foram crescendo também reconheceram valor e préstimo ao mundo vegetal.  Temos mais choupos no redondo da curva, um deles bem grande a antigo.

A figueira :

Pelo caminho, dois lindos pinheiros mansos :

Uma grande e sombria magnólia no meio de um "triângulo" de esquina ( agora arredondado), objecto habitualmente árido.

Uma palmeira logo em frente no meio de um relvado público :

Grande variedade de arbustos:

O caminho para o café :

Voilà


Na volta, pelos arruamentos mais privados, não faltam carvalhos ainda jovens, muito bonitos em todas as estações, de folhagem tenrinha nesta altura.




São os meus preferidos.


E à minha porta...


Como se não bastasse, desço 300 metros e estou no Parque:




Cada árvore é um ser para ser em nós

Cada árvore é um ser para ser em nós
Para ver uma árvore não basta vê-la
a árvore é uma lenta reverência
uma presença reminiscente
uma habitação perdida
e encontrada
À sombra de uma árvore
o tempo já não é o tempo
mas a magia de um instante que começa sem fim
a árvore apazigua-nos com a sua atmosfera de folhas
e de sombras interiores
nós habitamos a árvore com a nossa respiração
com a da árvore
com a árvore nós partilhamos o mundo com os deuses


                                                                                  António Ramos Rosas

4 comentários:

Virginia disse...



Nem sabe como senti este post como meu. Tb poderia fotografar assim o meu habitat, aliás já fotografei o botanico e o Campo Alegre tantas vezes!!.
O Porto tem locais excelentes para se viver. Pena é o centro estar tão mal ordenado e os prédios serem tão feios e desiguais. Há zonas privilegiadas, outras inóspitas!!
Hoje anda tudo em polvorosa aqui à volta . Até as plantas da minha varanda quase levantaram voo!!

Gi disse...

Li há muito poucos dias, já não sei onde, que a verdadeira mudança de estação tem lugar quando se muda de passeio para fazer um percurso pela sombra, e meses depois pelo sol.

Mário R. Gonçalves disse...

Gi, e é bem verdade, confirmo !

Mário R. Gonçalves disse...

Todo seu, Virgínia, com muito gosto.