De uma coisa não me posso queixar: de falta de verdura à minha volta. Ruas e arruamentos que por aqui passam estão felizment bem providos de arvoredo.
Choupos e carvalhos, sobretudo, mas também figueiras, japoneiras, magnólias, palmeiras, pinheiros... calha bem sobretudo no verão, quando consigo fazer o percurso casa-jornal-café em grande parte à sombra destas amigas todas.
Começo pelo Largo aqui em frente. Duas filas de choupos bem crescidos, da variedade tremedor (tremula), escaparam à razia que dizimou estas árvores mais adiante na rua, por causa, dizem, da tubagens que eram destruídas pelas raízes. Sorte ter sobrado este resto de alameda que embeleza toda a área.
As urbanizações que foram crescendo também reconheceram valor e préstimo ao mundo vegetal. Temos mais choupos no redondo da curva, um deles bem grande a antigo.
A figueira :
Pelo caminho, dois lindos pinheiros mansos :
Uma grande e sombria magnólia no meio de um "triângulo" de esquina ( agora arredondado), objecto habitualmente árido.
Uma palmeira logo em frente no meio de um relvado público :
Grande variedade de arbustos:
O caminho para o café :
Voilà
Na volta, pelos arruamentos mais privados, não faltam carvalhos ainda jovens, muito bonitos em todas as estações, de folhagem tenrinha nesta altura.
E à minha porta...
Como se não bastasse, desço 300 metros e estou no Parque:
Cada árvore é um ser
para ser em nós
Cada árvore é um ser para ser em nós
Para ver uma árvore não basta vê-la
a árvore é uma lenta reverência
uma presença reminiscente
uma habitação perdida
e encontrada
À sombra de uma árvore
o tempo já não é o tempo
mas a magia de um instante que começa sem fim
a árvore apazigua-nos com a sua atmosfera de folhas
e de sombras interiores
nós habitamos a árvore com a nossa respiração
com a da árvore
com a árvore nós partilhamos o mundo com os deuses
António Ramos Rosas
Cada árvore é um ser para ser em nós
Para ver uma árvore não basta vê-la
a árvore é uma lenta reverência
uma presença reminiscente
uma habitação perdida
e encontrada
À sombra de uma árvore
o tempo já não é o tempo
mas a magia de um instante que começa sem fim
a árvore apazigua-nos com a sua atmosfera de folhas
e de sombras interiores
nós habitamos a árvore com a nossa respiração
com a da árvore
com a árvore nós partilhamos o mundo com os deuses
António Ramos Rosas
4 comentários:
Nem sabe como senti este post como meu. Tb poderia fotografar assim o meu habitat, aliás já fotografei o botanico e o Campo Alegre tantas vezes!!.
O Porto tem locais excelentes para se viver. Pena é o centro estar tão mal ordenado e os prédios serem tão feios e desiguais. Há zonas privilegiadas, outras inóspitas!!
Hoje anda tudo em polvorosa aqui à volta . Até as plantas da minha varanda quase levantaram voo!!
Li há muito poucos dias, já não sei onde, que a verdadeira mudança de estação tem lugar quando se muda de passeio para fazer um percurso pela sombra, e meses depois pelo sol.
Gi, e é bem verdade, confirmo !
Todo seu, Virgínia, com muito gosto.
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