domingo, 17 de janeiro de 2021

Louisiana, um museu que vale pelo sítio


Visitei o Museu de Louisiana, a norte de Copenhaga, no Verão de 1996. Segue-se pela estrada costeira sem nada de especial por quase quarenta quilómetros, estranhando 'como foi nascer ali um museu ?'. Uma casa nobre rural agora pública, sobre a um relvado de cota baixa à beira-mar, prestava-se ao ajardinamento de um parque e o melhor que há para situar num parque é um Museu. Digam-no Serralves ou a Gulbenkian ou os National Museums de Edimburgo.


Nessa estrada para Humlebaek surge então uma casa de dois andares coberta de hera, onde fica a entrada e a loja. A seguir deparei-me com com uma arquitectura moderna de muito bom gosto, de projecção horizontal, bem integrada; é o novo Museu, um pavilhão raso de pedra e madeira, com corredores vidrados interligando os blocos, de onde se pode ver o jardim. Luz a rodos lá dentro.

O Museu de Louisiana é de arte moderna. Arte moderna na Dinamarca, ora aí está uma coisa que não promete nada de bom, e de facto nem com boa vontade lá vi obra que me chamasse sequer a atenção, só borradelas e grafittis de terceira ordem no meu gosto, de modo que atravessamos a casa em diecção ao parque sobre o mar; demos então com uma salinha lindíssima com Giacomettis !

É preciso ter uma visão de génio.

 
Femmes de Venise

Saímos depois para o jardim, abundantemente decorado com esculturas.

Da cafetaria tem-se uma vista muito ampla para o mar e a costa da Suécia.

Figura com duas peças reclinadas nº 5, de Henry Moore


'Human concretion on an oval bowl', do surrealista Jean Arp




Acabou por se fazer tarde, saímos quando o sol já descia baixo perto do mar.




Já agora, por anedota, soube que Louisiana hus vem da dedicatória do antigo proprietário da mansão do séc. XIX às suas três esposas, todas chamadas Louise !


1 comentário:

SilverTree disse...

Como sempre, que bom passear pelas suas publicações.