A luz quase nórdica é muito bonita, talvez em resultado de toda aquela água a espelhar, com as fachadas ocre de Nyhavn e as cúpulas cobreadas a refulgir junto aos canais. Nos arredores, há o Louisiana Museum que já aqui mencionei, e para poente a cidade de Roskylde com a sua bela catedral gótica e museu Viking.
Ny Calsberg Glyptotek
Ny Calsberg Glyptotek
Depois da entrada pode-se passar ao jardim de Inverno, sob a cúpula envidraçada.
E subindo ao 1º andar, enconta-se o hall central rodeado de estatuária greco-romana. Aqui realizam-se palestras e outros eventos.
A actual colecção permanente distribui-se por dois departamentos principais: o departamento da Antiguidade, com arte da Suméria, Egipto, Grécia, arte Etrusca e Romana; e o da Modernidade, com pintura dos séculos XIX e XX, sobretudo Francesa e Dinamarquesa.
Nascida em Tebas, era filha do faraó Akhenaten, na 18ª dinastia, que estabeleceu El-Amarna como capital. Das prolongadas excavações com apoio da Ny Carlsberg resultaram vários achados, e alguns foram doados à instituição.
Começo pela arte antiga do Mediterrâneo, no séc. XIV A.C. ; de El-Amarna, nas margens do Nilo, provém esta lindíssima placa que retrata a Princesa Meritaten.
Das Portas de Ishtar da capital da antiga Suméria, o museu tem duas fantásticas paredes esculpidas.
Outro animal mitológico é o Touro Adad, também na porta babilónica (1000 - 500 AC):
Voltando ao Egipto mas agora em 600 AC, uma escultura preciosa de cabeça de gato, o animal que os egípcios mais acarinhavam e até sepultavam com cerimónia:
Olhos de âmbar.
Uma ânfora Etrusca, 525-490 AC.
Sarcófago Etrusco de um ancião com hipocampos, 198 AC
Por esta altura, podia muito bem dizer-se - chega, já valeu o dia, nem preciso de ver mais nada; mas há tanto mais...
Livia, a mulher do Imperador Augusto, séc. IV
Só em galerias de escultura podia-se passar um dia. Além da Egípcia e Greco-Romana, a escultura francesa onde Rodin é um must.
Os Burgueses de Calais, Rodin - 1885
As Três Graças, de Antonio Canova, cópia de uma das versões, séc XIX.
Uf ! Pintura, então. Francesa - um tesouro.
Monet, Moínho e barcos em Zaandam, 1872
Gauguin, Paisagem de Tahiti, 1893.
Cézanne, Natureza Morta com Maçãs numa Taça, 1882
Degas, Bailarinas praticando no Foyer, 1890
(uma casa de ópera em Paris)
Um dos favoritos:
Berthe Morrisot, Rapariga entrançando o cabelo, 1893
Mas não só francesa:
Será que estamos mesmo na Dinamarca? Mais parece o Louvre... A confirmar, algumas obras nacionais:
Wilhelm Bendz, Um clube de fumadores, 1828
Um milagre no centro de Copenhaga.
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