domingo, 7 de julho de 2024

No Sistelo finalmente, com passagem na Ecovia e na Vilela


 
A aldeia vista do miradouro (com zoom).

Já há alguns anos na minha agenda, nunca mais chegava  o momento de ir a Sistelo, a aldeia dos socalcos a norte do  Mezio e a poente da Serra da Peneda. Foi agora no fim desta Primavera, e como escrevi aqui a propósito de Ermelo, encontrava-se rodeado de uma exuberante verdura, muita água e pouca gente. Onde estão todos, minhotos ou visitantes, nos bares? Nos festivais de Verão?


Para chegar a Sistelo não há que enganar: sair de Arcos de Valdevez para Norte, abandonar a M101 e passar à M505. Isto sucede depois de Rio de Moínhos. A estreita M505 sobe pela margem direita do rio Vez, junto à Ecovia, o que permite um acesso fácil para pequenos passeios a pé na passarela sob frondosa vegetação fluvial.

A estrada segue ora entre muros e ramadas, ora colada à ecovia do rio Vez , à direita. 


Não são os passadiços, mas já se pode disfrutar a margem sem grandes caminhadas. Deve haver truta, na época certa.




Ponte da Vilela



É uma ponte românica medieval, anterior a 1258.



Pouco adiante, deixa-se a M505 virando à esquerda para a N202-2, que começa a subir e a curvar entre arvoredo e com o rio do lado esquerdo, cada vez mais fundo no estreito vale (há vários acessos a pé, encosta abaixo). 
Até que...


Aldeia de Sistelo


O chamado Castelo é apenas um palacete de brasileiro regressado, do séc. XIX. Foi o 1º Visconde de Sistelo, escudeiro da Casa Real Portuguesa; o fontanário e uma das pontes também se devem ao Visconde.

Agora é restaurante, abre para festas e 'eventos'.


O miradouro mais pitoresco é o dos espigueiros. Está como novo, são talvez oito à volta do tanque comunitário das lavadeiras, também recuperado.



A junta pintada de amarelo forte foi recuperada juntamente com o núcleo de espigueiros, que diferem dos do Soajo pela madeira entre os pilares de pedra.




Restaurados, com as datas de construção bem visíveis.


Lavadouro à sombra e com vistas... 

O fontanário, no centro.


Do adro parte um dos caminhos encosta abaixo até ao rio Vez.

A aldeia foi sempre lugar de pastoreio no vale e agricultura nos socalcos. Agora são actividades reduzidas, adivinham qual é a principal? Claro, o turismo - alojamento e tasquinhas. Mas ainda se vê um ou outro tractor a carregar verdes para o gado, a variedade local é a 'vaca cachena'. Não é raro surgirem pela frente na estrada. 

Vistas do Miradouro




Os acessos estão bons, houve investimento, dois restaurantes, o passadiço oferece caminhadas paradisíacas. Ou me engano muito ou não tarda é tudo de brasileiros, franceses ou ingleses. Os nativos, escapam logo que podem. Ser pastor não é vida.

Vídeo aqui

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