Não fomos às Américas nem a África, nem lamento por aí além - só um bocadinho, ao Canadá gostava de ter ido. Vimos as tumultuosas Rheinfall no Reno suíço, vimos a Pistyl Rhaeadr no País de Gales, mas as nossas mais espectaculares cascatas foram na Noruega, e de todas há três inesquecíveis: a Steinsdalfossen, um jorro brutal que vemos cá de baixo, a cascata dupla Låtefossen, e a brutal Vøringsfossen. Esta última, a ter de escolher, é a minha campeã.
Estivemos na Noruega em 1998, sediados em Bergen. Daí até à cascata,
pela estrada Fv 7 ao lado do Herdangerfjord e do Lago Eidfjord, são 170
Km, que levaram mais de 4 h com as paragens. Mas chegámos.
As águas do rio Bjoreio caem 182 metros, sendo 145 em queda livre. O rio prossegue depois num canyon entre altas paredes rochosas.
Na altura havia uma plataforma de observação, mas nada do que existe agora: um sistema de passadiços metálicos que atravessam o Canyon.
O arco-íris forma-se sempre que há sol.
Era já tarde e a fome apertava. No regresso havia na berma da estrada uma venda de cerejas, grandes e escuras, carnudas. Soube depois que se chamam "Morello".
13 kr. a caixinha, mais de 200$00.
Duas experiências marcantes. Não digam que agora é tudo igual em toda a parte.
Voltando ao início do dia: no caminho desde Bergen ladeando o Hardangerfjord, tínhamos passado pela Steindalfossen, ou Cascata de Steindal.
Já era a mais turística das três cascatas..
Mais adiante, ainda na Fylskevei 7, surge Eidfjord, entre paisagens de postal, sobretudo no Lago Eidfjord e em Simadal - onde se disfrutam vistas dos fiordes assombrosas:
Actualmente estes sítios já não são visitáveis em paz e sossego: multiplicaram-se lojas e lojinhas turísticas e as camionetas chegam e partem constantemente. Tivemos a sorte de estar com a paisagem por nossa conta.
No dia seguinte iríamos para sul de Bergen, no Sørfjorden, onde nos surpreenderam as gémeas
Låtefossen.
O ruído ensurdecedor aumenta o impacto das violentas torrentes. Já era um pouco tarde e a luz enfraquecia, embora em Bergen ficasse dia até perto das 23h.
Nunca fui ao Norte Ártico, com muita pena; o mais próximo foi a Noruega, os seus glaciares e as Stavkirker, as igrejas de madeira nórdicas dos primeiros anos de cristianização. E estas cascatas, quase directas das águas dos glaciares.
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