sábado, 15 de março de 2014

Basileia II : Fondation Beyeler



Situada num jardim de uma aldeia dos arredores da cidade, sobranceiro a um vale, lembrou-me logo à entrada o Louisiana de Copenhaga com o seu Calder a dar nas vistas sobre o relvado:



Mas o edifício de Renzo Piano é único, com algo de pavilhão oriental, emergindo discretamente em paineis espelhados entre o arvoredo e um plano de água e aparentando um só andar de altura. Na realidade, há outro inferior, uma subloja disfarçada com o desnível do terreno.



Entrar num museu destes gera sempre alguma expectativa de maravilhoso. Uma coisa não ajuda nada: vinte e cinco francos por pessoa, e sem reduções senior. Como a França é diferente neste aspecto !

A seguir, um corredor a todo o comprimento do edifício com janelão ao fundo deixa entrever contra-luzes prometedores. Espaço, muito espaço e muita luz são as primeiras impressões.



Este Mondrian respira em pleno, toda uma parede...


Enigmáticos Giacometti povoam a sala maior:


Degas, 'Femme se coiffant,la lettre' :


Merece horas de contemplação. Assombrosa "lettre". 


Anselm Kiefer, 'A minha idade, a tua idade e a idade do mundo.'

Obra de grande dimensão que me impressionou: sobre uma espécie de Nova Iorque pós-nuclear, um aviãozinho de papel, amarrotado.


Odilon Redon


Os Matisse, Chagall e Klee não estavam expostos devido à ocupação de salas pela exposição temporária de Odilon Redon. Não fiquei muito desiludido:


A obra de Odilon Redon (1840, Bordeaux -1916) é um universo em explosão de côr e fantasia !

Uma das mais belas da série de 'Barcas místicas' (Les barques mystiques)


Bouquet de fleurs



Os painéis à entrada da exposição.



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Separados pelo jardim, edifícios tradicionais albergam o restaurante e uma galeria de arte:


5 comentários:

Paulo disse...

O edifício parece ser um primor. Abriu-me o apetite, Mário.

Gi disse...

Tenho ideia que a primeira vez que entrei numa galeria de arte moderna foi em Basileia, há muitos anos.

Gi disse...

Está a ler o Quarteto de Alexandria, Mário? Eu adoro essa obra.

Mário R. Gonçalves disse...

Comecei agora, Gi. Foi um desafio que me foi posto. Já tentei várias vezes , em inglês, e não consegui, desistia sempre.

Esta é uma tradução cuidada mas feita em mixordês A.O., infelizmente. Vou ser persistente, prometi...

Gi disse...

É um romance escrito em quatro dimensões, três espaciais e uma temporal. Só essa construção já é especial.