Hoje esteve mais calor e o passeio da tarde (mais longo) deixou-me de rastos: ainda estou muito fraco. Também me quis pôr à prova para poder colocar todas as queixas na próxima consulta.
Ontem à noite dei uma voltinha mais curta e apanhei logo às 10h uma lua cheia óptima. Fotos péssimas, é o que se pode. Depois voltei para casa e fartei-me de rir com o post do The Rest is Noise e o vídeo do Persephassa de Xenakis. Foi preciso Bach e Mahler para se chegar a isto - uma batucada sem jeito de meia hora com os turistas de barquinho a fazer de papalvos com as multi-estereofonias. Bola "PRETA."
2 comentários:
Votos de melhoras e um comentário ao lado:
"Conseguir numa sala o silêncio de 1500 pessoas , é totalmente anacrónico" - Esta opinião de David Fray é uma fuga para frente, um "se não podes vencê-los junta-te a eles".
Na sociedade actual existem muitas manifestações dessa atitude. Basta ouvir alguns sociólogos e psicólogos falar do Bullying ou dos desacatos, ataques à polícia e da criminalidade em certos bairros sociais.
O mais triste é que esse tipo de atitude não se encontra apenas nos teóricos que se encontram de fora, mas de muitos intervenientes, de pessoas que muitas vezes são vítimas dos fenómenos: professores que acham saudável os alunos ser indisciplinados e mal-educados, pianistas que acham natural que os assistentes falem e deixem os telemóveis tocar, etc.
Carlos, obrigado pela opinião que partilho 100%. A resistência tem que começar de algum lado - e eu penso que é do lado dos teóricos. Os construtivistas e os relativistas têm que fazer a sua auto-crítica, e precisamos como de pão para a boca de um pensamento filosófico (mais ou menos teórico, mais ou menos pragmático) que dê orientações fundadas e hierarquize valores, que crie adesão social alargada para que as pessoas percam o "medo" ou a "rotina" ou o "seguidismo" de fazer o que os outros fazem porque "agora é assim que se faz.". É preciso criar modelos e provar que são melhores.
Dá vontade de ir "exagerar" ao concerto de Fray para ver até onde ele aguentava; provavelmente safava-se acusando uma "provocação deliberada dos saudosistas do silêncio"...
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