A Radio Mozart, de Marselha, é mais uma bela escolha para ouvir clássica enquanto vamos navegando.
sábado, 28 de julho de 2012
sexta-feira, 27 de julho de 2012
onde eu gostava de estar :
Wolfgang A. Mozart • Die Zauberflöte
Salzburg, 27 de Julho
Nikolaus Harnoncourt, Conductor
Jens-Daniel Herzog, Stage Director
Georg Zeppenfeld, Sarastro
Bernard Richter, Tamino
Mandy Fredrich, Raínha da Noite
Julia Kleiter, Pamina
Markus Werba, Papageno
Elisabeth Schwarz, Papagena
Concentus Musicus Wien
diz o director:
“It is not only a first for Salzburg, but also for Nikolaus Harnoncourt to perform this work in this sound-world in Salzburg, together with Concentus Musicus, bringing his entire life’s experience to bear on this production, and I am infinitely grateful to him for this gift”
"The new production will be shown at the Felsenreitschule, and thus, The Magic Flute returns to the magical and traditional venue long its home."
1 Million Dollars for the ZAUBERFLÖTE on Period Instruments !
Com 10 ! récitas esgotadas, a Felsenreitschule tem 1400 lugares a preço de ouro, ou melhor, de platina. Talvez o melhor festival de sempre? Impressionante: quase toda a cena musical de topo lá está.
Programa aqui.
quarta-feira, 25 de julho de 2012
Dia bom para Vivaldi
Uma joiazita, só uns minutos mas quanta beleza !
terça-feira, 24 de julho de 2012
Leituras e concertos: sobre os ruídos de fundo
Julian Barnes. que tenho andado a ler, é um inglês premiado que escreve coisas intensas mas quase sempre com graça. Um dos contos em The Lemon Table fala de concertos no Royal Festival Hall, onde estive há pouco, mas em particular destila ódio contra a assistência que tosse com se viesse da urgência de otorrino, espirra, mexe nas folhas do programa, e mais.
Um excerto:
The opening allegro went pretty well : a couple of sneezes, a bad case of compacted phlegm in the middle of the terrace which nearly required surgical intervention, one digital watch and a fair amount of programme turning. I sometimes think they ought to put directions for use on the cover of programmes. Like : “This is a programme. It tells you about tonight's music. You might like to glance at it before the concert begins. Then you will know what is being played. If you leave it too late, you will cause visual distraction and a certain amount of low-level noise, you will miss some of the music, and risk annoying your neighbours, especially the man in seat K37.” Occasionally a programme will contain a small piece of information, vaguely bordering on advice, about mobile phones, or the use of a handkerchief to cough into. But does anyone pay any heed? It's like smokers reading the health warning on a packet of cigarettes. They take it in and they don't take it in ; at some level, they don't believe it applies to them. It must be the same with coughers. Not that I want to sound too understanding : that way lies forgiveness. And on a point of information, how often do you actually see a muffling handkerchief come out?
I was at the back of the stalls once, T21. The Bach double concerto. My neighbour, T20, suddenly rearing up as if athwart a bronco. With pelvis thrust forward, he delved frantically for his handkerchief, and managed to hook out at the same time a large bunch of keys. Distracted by their fall, he let handkerchief and sneeze go off in separate directions. Thank you so very much, T 20. Then he spent half the slow movement eyeing his keys anxiously. Eventually he solved the problem by putting his foot over them and contentedly returning his gaze to the soloists. From time to time a faint metallic stir from beneath his shifting shoe added some useful grace-notes to Bach's score.
The allegro ended, and Maestro Haitink slowly lowered his head, as if giving everyone permission to use the spitoon and talk about their Christmas shopping. J39 – the Viennese blond, a routine programme-shuffler and hair-adjuster – found a lot to say to Mr Sticky-Up Collar in J38. He was nodding away in agreement about the price of pullovers or something. Maybe they were discussing Schiff's delicacy of touch, though I would choose to doubt it. Haitink raised his head to indicate that it was time for the chat-line to go off air, lifted his stick to demand an end to coughing, then threw in that subtle, cocked-ear half-turn to indicate that he, personally, for one, was now intending to listen very carefully indeed to the pianist's entry.
- Julian Barnes
Agora em português: Barnes propõe duas soluções
"...tenho duas propostas para melhorar o comportamento. A primeira seria instalar projectores sobre as cabeças e, se alguém fizesse barulho acima de um certo nível, a luz sobre o lugar acendia e a pessoa tinha de ficar ali sentada como um condenado durante o resto do concerto."
domingo, 22 de julho de 2012
Wait for the ricochet
Quantas vezes cantei isto... há 42 anos. Frase mítica.
Grande voz, grande solo de guitarra... acho que tenho saudades, quem diria. É só barulho, gritaria, acordes e escalas básicas? Sim, mas...
sábado, 21 de julho de 2012
sexta-feira, 20 de julho de 2012
segunda-feira, 16 de julho de 2012
sexta-feira, 13 de julho de 2012
Moonrise Kingdom e o gosto de ler
Uma das coisas que me fascinaram no filme foi a atracção pelos livros e pelo acto de contar histórias. Sempre que Suzy abre um livro, o momento é solene, quase sagrado. Eis um vídeo engraçado, com o incrível narrador (outro achado genial), sobre os livros do filme:
Outra pequena jóia, esta germânica. 150 anos depois.
Brahms,1886:
Uma canção ligeira, quase pop, quem diria ? Brahms light.
Lembra Lily Marleen.
Primeiro, a versão instrumental, que prefiro:
Wie Melodien zieht es mir durch den Sinn, op.105 no.1
Wie Melodien zieht es
Mir leise durch den Sinn,
Wie Frühlingsblumen blüht es,
Und schwebt wie Duft dahin.
Doch kommt das Wort und faßt es
Und führt es vor das Aug',
Wie Nebelgrau erblaßt es
Und schwindet wie ein Hauch.
Und dennoch ruht im Reime
Verborgen wohl ein Duft,
Den mild aus stillem Keime
Ein feuchtes Auge ruft.
It moves like a melody,
Gently through my mind;
It blossoms like spring flowers
And wafts away like fragrance.
But when it is captured in words,
And placed before my eyes,
It turns pale like a gray mist
And disappears like a breath.
And yet, remaining in my rhymes
There hides still a fragrance,
Which mildly from the quiet bud
My moist eyes call forth.
Pequena maravilha (italiana)
O Concerto para oboé em Ré menor, de Scarlatti, obra pouco conhecida, foi agora revelado numa gravação luminosa por Christoph Hartmann com o Ensemble Berlin.
quarta-feira, 11 de julho de 2012
Só em Londres
Girafa em cabine telefónicaBT ArtBox, uma exposição de rua para mostrar o design criativo britânico... e o típico humor.
segunda-feira, 9 de julho de 2012
Nadir na Villa Borghese
A partir de 18 de Julho, no Museu Carlo Bilotti (Aranciera da Villa Borghese de Roma), uma exposição de Nadir Afonso, Nadir Afonso e lo spazio metafisico.
Parabéns, Nadir, e bom sucesso!
The goddam particle
Uma apresentação bastante completa para quem sabe alguma coisa mas pouco sobre o assunto:
(a hipótese de Higgs a partir do slide 34)
domingo, 8 de julho de 2012
Grato pelo Quinteto...
sexta-feira, 6 de julho de 2012
De volta ... à CM
Strauss, Dvorak e Beethoven ontem na CM , dirigiu König:
- Johann Strauss II Marcha de Júbilo para o regresso do Imperador Franz Joseph I, op. 126
- L. van Beethoven Sinfonia nº 3 'Heróica'
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Exposição "Bauhaus: Art as Life"
Fui ver esta exposição na Barbican Art Gallery.
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Sabem o que teve MESMO de bom, Londres?
Foi estar longe disto tudo, do Relvas, do Público, do C.R., do Nuno Crato, do Sousa Tavares, do Seguro, do Daniel, dos graffitis na baixa, do lixo nas ruas, dos BMWs na Boavista, do cheiro a sardinha assada, da cidade vazia às 6 da tarde, das buzinas, do batateiro, das tardes da Júlia-aos-gritos (ou são manhãs?), dos monos construídos e em construção, dos carros com altifalantes no tejadilho, do Camané e da Deolinda, dos Jeeps em 2ª fila nos colégios, do cheiro a sovaco nos autocarros, das senhas de 5 cêntimos para a gasolina, do cócó de cão nos passeios, de como (não) cumprimos com a troika, da nação valente e imortal, das livrarias sempre a fechar.
terça-feira, 3 de julho de 2012
E ... os concertos.
Ora bem.
Duas meias surpresas
Antes de passar aos concertos, dois apontamentos simpáticos que também tiveram o seu quê de surpresa combinado com dolce vita.
O Café Charlie's, em Portobello
Todos sabemos o difícil que é ter um café bem tirado, como deve ser, no Reino Unido. Pior ainda é se o queremos "personalizar" a nosso gosto, coisa que para eles é absurda, "sai como a máquina quer, é automático"...
Ora no Charlie's, um espaço bem simpático com mesas de pátio protegidas do vento e onde é permitido fumar (!!!), o café é bom, bem tirado e com atenção às recomendações. Bem hajam.
Houve também tempo para uma voltinha nos Kensington Gardens. Nunca tinha ido à Serpentine Gallery, e depois de uns zigzags lá a encontramos; estava em exibição "To the Light", de Yoko Ono, a viúva de John Lennon. Nunca tive qualquer simpatia pela arte dela, mas enfim, tinha lido coisas simpáticas no Times, vamos lá.
Para minha surpresa, exposição muito singela, contida, em preto e branco e, de facto, com uma valorização bonita da luminosidade.
Lá estava a "famosa" escada branca que Lennon adorou; lá no topo, com uma lente, pode ler-se "YES". Naquele espaço, resultava muito bonito e sugestivo.
Em cada canto, mesas "Where do you go from here? " - um convite a sentar e escrever algo, que se guarda num copo de vidro.
Pointedness, de 1964 - reflexos esféricos.
segunda-feira, 2 de julho de 2012
Por onde começar? talvez pelo inesperado...
Mesmo quando se tem tudo planeadinho, acontece por vezes num tempo livre deixado à solta uma das melhores e mais gratas experiências de viagem.
Assim aconteceu, em duas tardes livres em Londres que dediquei a far niente:
Estava sol mas não muito calor, o ideal para passear pelas ruas no 2º andar de um vermelho London bus. Não cansa os pés, vê-se o rebuliço e as fachadas e vai-se saindo onde se quer.