quinta-feira, 11 de outubro de 2012

No desemprego o meu irmão

Droga, toca a todos, e as coisas boas são as que são destruídas mais depressa.

O meu irmão Paulo trabalhou no Público anos a fio, desde a fundação, ultimamente como editor de fotografia. Foi "reestruturado", como ele assume com mágoa/raiva, e agora ?

Algo está mal, muito mal, nesta coisa de não há empregos para a vida. Admite-se que um jovem seja despedido ainda cedo se não se adapta ao trabalho. Pode fazer mais estudos, mudar de vida. Mas depois de nos terem sugado metade da existência, ninguém tem o direito de nos pôr na rua, já cansados para procurar, para emigrar. A expectativa de emprego para a vida, a partir de certa idade, de certos anos na empresa, é mais que justa.

Desolado, Paulo.

Fotos tuas, dos Açores:





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O Paulo manteve no Fugas, que editava, várias fotogalerias, por exemplo:

Catedral
Nove Maravilhas
De bicicleta

Vida nova, janelas que se abram, venham generosas p.f.

6 comentários:

Virginia disse...

Sempre li o Fugas, para mim uma das secções mais interessantes do Publico, que ultimamente me andava a interessar pouco. O Ypsilon e o Fugas eram leitura obrigatória e apaixonada que sou pela fotografia, adorava as grandes fotos e o papel do Fugas.

Desemprego nessa idade é trágico, espero que ao menos ele encontre outro jornal ou revista que precise de fotógrafos.

Boa sorte, Mári!

Anónimo disse...

Seria mesmo justo. Nem há como reagir a notícias destas. Muito boa sorte ao seu irmão. Aguardo boas notícias com grande expectativa. :)

Alberto Velez Grilo disse...

Estamos mesmo a ir de mal a pior.

Que o seu irmão encontre neste momento difícil, um factor de mudança positivo.

Um abraço Mário

Paulo disse...

Belíssimas colecções de fotografias.

Desejo também muita sorte ao seu irmão.

Gi disse...

Obrigada por partilhar, Mário. Junto os meus votos de boa sorte para o seu irmão. Também eu, quando lia o Público, lia em primeiro lugar o Fugas.

Mário R. Gonçalves disse...

:) obrigado

Sabe sempre bem ler palavras amigas.
O Paulo ficou ainda mais magoado por estar na "lista" dos despedidos, que pelos vistos tem muitos bons jornalistas - o critério NÃO foi sequer dispensar os menos bons. Foi político. But this is Portugal, right?