Esverdeada e dedicada a Itália, aí está a programação para 2013 da CM.
Posso concordar em parte com Jorge Calado quanto à coerência do programa; mas a crise nota-se bem na pobreza das opções. Em ano de Itália, de ópera, só uns salpicos de aberturas - nem uma só ópera em versão de concerto, ao menos ! Do barroco italiano quase nada - concertos corais com o côro da Casa e pouco mais; há umas brincadeiras leves e fáceis de Rossini, e, claro, fartura de Berio para quem gosta.
Só dois pontos altos: o Requiem de Verdi dirigido por Jurowsky a 22 de Março, imperdível; e as árias cantadas por Luba Orgonasova a 18 de Janeiro.
De Itália, estamos conversados. Ainda bem que há mais... e tanto pior para a "coerência".
De piano, temos as 109 e 110 de Beethoven a 14 de Abril por Lucchesini, que também toca algumas das belas sonatas de Scarlatti. Pelo meio, a estragar, Berio.
Temos o superlativo Sokolov a 26 de Maio, na 106 e o que mais adiante se saberá.
Na área sinfónica, a 4ª e a 9ª de Mahler, ó que italiano !, ambas em Dezembro. Michael Sanderling, da Dresdner Philharmoniker , dirige a 9ª com a OSP. Também valerá a pena ouvir Joseph Swensen tocar e dirigir o concerto nº3 para violino de Mozart e a 8ª de Dvorak, a 25 de Janeiro.
Ainda mais duas noites que podem ser gratificantes: o pianista Blechacz toca Bach, Beethoven e Chopin em Novembro (não há pianismo italiano, grazzie) e a 8 de Março um desconhecido dirige a 5ª de Sibelius , uau !, e o bonito concerto nº2 para piano de Mendelssohn.
Viva Italia ! :D
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4 comentários:
Ainda não me dediquei a descobrir a programação da CdM e agradeço a chamada de atenção. O Requiem com Jurowsky deve ser imperdível. Quem são os solistas?
Michail Jurovski direcção musical
Karina Flores soprano
Ekatarina Semenchuk meio-soprano
Michael Spyres tenor
Christophoros Stamboglis baixo
não conheço...cuidado que há OUTRA Karina Flores ...
Vai esgotar rapidamente, Paulo.
Já estou a ver a programação.
Dos solistas do Requiem só conheço Ekaterina Semenchuk, que vi como Laura na "Gioconda" de Roma. Gostei muito.
E cheguei agora à 9ª de Bruckner, que é sempre um acontecimento.
De resto, a crise, a crise. Ainda não percebi por que motivo a Itália foi declarada país-tema.
Ainda bem que a meio soprano se salva, pelo menos.
Também há uma 7ª de Bruckner, Paulo! Com o magnífico adagio !
Ah a Itália ? foi um pretexto para inundar tudo de Berio :(
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