terça-feira, 19 de março de 2013

As coisas não são o que se diz

Depois da União Europeia, através do Eurogrupo, ter tomado a brilhante iniciativa suicida de confisco bancário no Chipre que vai direitinha ao fim do euro e se calhar da U.E., pelo exemplo que dá e por minar a confiança no sistema, convém também não esquecer que os ditos países emergentes não são o que se diz.

A economia chinesa, por exemplo, está a um passo de uma explosão de dimensões inauditas, donde pode sair um "primavera árabe" arrasadora. A BBC já o denunciou há tempos:



Parece mesmo que, afinal, são mais uma vez os ultra-liberais Estados Unidos quem vai sair por cima, e se assim for o dólar será forte como nunca. Mais uma vez se comprovará a vitalidade do capitalismo minimamente regulado.

Ainda bem. Porque a "visão" que a Europa apresenta do seu futuro parece-se cada vez mais com a de uma espécie de jugoslávia titista, uma aglomeração forçada de estados que se odeiam, através do medo comum de horrores passados, mas uma aglomeração em auto-gestão socializante que tudo pode sacrificar ao interesse central do estado em nome do povo, ou da "comunidade", ou da estabilidade (Stabilizujte, Stabilizujte) que vai dar ao mesmo. Ou seja, uma visão de esquerda imposta por gente de direita. Que engraçado.

Ninguém diz ao que vem. Qualquer coisa se prepara que não é bem o que se diz.

1 comentário:

Gi disse...

Mais uma vez concordo, Mário.