Onde pus a esperança, as rosas
 Murcharam logo.
 Na casa, onde fui habitar,
 O jardim, que eu amei por ser
 Ali o melhor lugar,
 E por quem essa casa amei -
 Decerto o achei,
 E, quando o tive, sem razão p'ra o ter
 
 Onde pus a afeição, secou
 A fonte logo.
 Da floresta, que fui buscar
 Por essa fonte ali tecer
 Seu canto de rezar -
 Quando na sombra penetrei,
 Só o lugar achei
 Da fonte seca, inútil de se ter.
 
 P'ra quê, pois, afeição, 'sprança,
 Se tê-las sabe a não as ter?
 Que as uso, a causa para as usar,
 Se tê-las sabe a não as ter?
 Crer ou amar -
 Até à raiz, do peito onde alberguei
 Tais sonhos e os gozei,
 O vento arranque e leve onde quiser
 E eu os não possa achar!
segunda-feira, 4 de março de 2013
Onde Pus a Esperança
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