É o terceiro post aqui dedicado a Ana Hatherly, talvez a mulher das artes da minha cidade que mais admiro. Poeta e artista gráfica, nasceu no Porto em 1929.
Auto-retrato
Anjos suspensos
Paz
As lágrimas do poeta
Um poeta barroco disse:
As palavras são
As línguas dos olhos
Mas o que é um poema
Senão
Um telescópio do desejo
Fixado pela língua?
O voo sinuoso das aves
As altas ondas do mar
A calmaria do vento:
Tudo
Tudo cabe dentro das palavras
E o poeta que vê
Chora lágrimas de tinta.
[FCG, exposição "Ana Hatherly e o barroco", até Janeiro]
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