O Museu Albertina de Viena exibe uma exposição "De Monet a Picasso", que documenta a época de transição do séc. XIX para o XX na pintura - a que chama os "modernistas clássicos". Reúne obras primas e obras menores da Colecção Batliner, que ficará em permanência no museu, e inclui Monet, Renoir, Degas, Chagall, Cézanne, Braque, Matisse, Klimt, de Vlaminck...
Vou aqui tratar das que me obrigaram a mais tempo de observação e a um regresso. Começo por Picasso, uma miniatura que não conhecia e de que gostei muito:
Verre et pomme, 1911
Um retrato de Renoir que, como de costume, espelha suavidade e bem-estar (alguns diriam 'burguês') em tonalidades de azul, adequadas a uma criança:
Renoir, Elisabeth Maître, 1879
De Cézanne, uma quinta na Normandia:
Ferme en Normandie, 1885
De Vlaminck deslumbrou-me com esta obra que para mim é a estrela da colecção:
La Seine à Chatou, 1906
Pinceladas largas, firmes, muito coloridas, numa composição de equilíbrio perfeito
Surpresa foi Wilhelm Thöny, pintor austríaco desgraçado que teve a quase totalidade da sua obra queimada num incêndio. Nascido em Graz, onde estudou, participou na 1ª Grande Guerra. No regresso a Graz, fundou o Grazer Secession em 1923. Fascinado pelas grandes capitais do mundo moderno - quem não seria ? - passou vários anos em Paris e Nova Iorque, que lhe inspirou várias obras.
Esta é uma das poucas que se salvaram:
New York - East River, 1936
Uma visão feérica, gloriosa, da metrópole além-Atlântico no período entre-guerras.
-------------------------------------------------
Quanto à admirável e tremenda Merkaba de Anselm Kiefer, no piso de cave do Museu, merece um post à parte, fica para breve. Mas deixo aqui uma imagem, bem contrastante com a América de Thöny:
Sem comentários:
Enviar um comentário