Estar no bosque, junto a um ribeiro que salta e rumoreja entre as pedrinhas e ervas; ou numa enseada arenosa à margem do lago de água fresca que os glaciares alimentam...
Pronto, com 30 a 40 graus e sob poeiras de África é destas imagens que precisamos. Encontrei dois poemas que ajudam muito, refrescam o espírito que é o que mais sofre de secura.
Water, de Philip Larkin
If I were called in
To construct a religion
I should make use of water.
Going to church
Would entail a fording
To dry, different clothes;
My liturgy would employ
Images of sousing,
A furious devout drench,
And I should raise in the east
A glass of water
Where any-angled light
Would congregate endlessly.
Se fosse chamado
a fundar uma religião
iria utilizar a água
...
A minha liturgia
teria imagens de enxaguar,
de encharcar com furiosa devoção,
E eu ergueria para leste
Um copo de água
Onde sob qualquer ângulo a luz
Se congregasse eternamente.
E, como não, a genial Dickinson;
Complete Poems, Part Three: Love
XI
My river runs to thee:
Blue sea, wilt welcome me?
My river waits reply.
Oh sea, look graciously!
I ’ll fetch thee brooks
From spotted nooks,—
Say, sea,
Take me!
Dispenso-me de traduzir tão conciso poema.
Olha, mar, leva-me !
Sem comentários:
Enviar um comentário