quarta-feira, 24 de julho de 2019
Mojca Erdmann, para quem gosta de Mozart
Não é recente - já foi editado em 2011. Mas o Livro de Areia é especialista em coisas intemporais... e só agora tive oprtunidade de ouvir este CD de Mojca Erdmann. É mais um belo disco para o Verão!
Muitas das árias de Mozart no disco são conhecidas, e Mojca canta-as lindamente, com voz firme e cristalina, que podia talvez ter um pouco mais de peso; mas a segurança e boa dicção compensam, e é raro ouvir uma colecção de preciosidades como esta. La Cetra é uma orquestra barroca, de pequena dimensão, fundada em Basileia, cidade bem fértil em orquestras deste tipo. A direcção de Andrea Marcon garante precisão e delicadeza, mais que dinâmicas.
Para a Gramophone, o melhor desta edição são as obras dos outros contemporâneos - Salieri, Paisiello, Holzbauer, J C Bach; discordo. A superioridade de Mozart é por demais evidente.
Exemplos:
Ach, ich fühl's (Flauta Mágica)
Ruhe sanft (Zaide)
Live em Salzburgo, 2006 - a voz ainda 'verde':
https://www.youtube.com/watch?v=c5Fk4ZjPNfw
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2 comentários:
Já a ouvi ao vivo algumas vezes. Tem uma voz bonita mas, como diz, falta-lhe ainda peso. Em teatros de alguma dimensão a voz é relativamente pequena. Mas o timbre é muito bonito e a técnica muito boa. Um nome a reter para o futuro próximo.
Que voz maravilhosa! Sou uma inculta na matéria, mas aprecio. Não saberia talvez dizer, como o Fanático, que lhe falta peso, a mim, a sua leveza agradou-me!Conheço um pouco da música clássica e a Mozart devo a sua descoberta. Na sequência do filme Amadeus comprei imensos LP. É Mozart o artista de quem tenho mais discos, nem os artistas de música pop o vencem. Mas depois até acabei por preferir outros clássicos entretanto descobertos,Beethoven, acabou por se tornar um dos meus preferidos. Por exemplo, não sei explicar o que me atraíu nas óperas de Puccini, mas gostei muito. Por vezes descubro em bandas sonoras de filmes músicos clássicos de que nunca ouvi falar, alguns são russos.E então aprofundo. Vejo muito cinema e acabo por ouvir muitas bandas sonoras. Infelizmente a música pop está hoje mais banal do que nunca. Não creio que me engane. Por regra temos sempre a valorizar coisas do nosso tempo, dizemos que era melhor, mas, de facto, não sei que artistas "pop" irão ser ouvidos dentro de alguns anos. Soa-me tudo a moda, a artificialismo e desgaste rápido, e não obra que o tempo dignifque...Ainda bem que gostou de ler do poema do Gomes Ferreira! Haja alguma coisa no meu blogue que lhe agrade para assim retribuir o que me agrada no seu.
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